Em nossos sonhos, tudo se transformou
e o prazer mais profundo deixou de ser individual a dois
e passou a ser universal.;
mas eu clamava desesperado pela volta de mim,
e eu queria voltar a ser eu intensamente,
sem perder a razão universal,
até que uma luz distante começou a iluminar-me,
cada vez mais, cada vez mais,
e acordei.
O sol varava as cortinas finas da janela
e seus raios feriam-me a vista.
Ao pé da cama, fitando-me, os olhos meigos, os seios arfando, docemente, branca, estava minha felicidade,
e eu a chamei para mim novamente,
para poder sonhar outra vez.
19.05.60.
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