Durante o mandato eleitoral todo político se preocupa com a sua reeleição, isso é esperado e bem aceito pela sociedade. Mas este parlamentar, do vereador ao Presidente da República, não deve esquecer que os votos que o elegeram podem ir para outro candidato quando da sua reeleição.
Se mantiver esta preocupação, o político direciona seu trabalho para cumprir suas promessas de campanha e assim justificar os votos que recebeu. Se desviar deste foco os votos recebidos fatalmente irão para um correligionário ou até mesmo para o seu adversário, e isto é o que nenhum candidato deseja.
Além da preocupação de manter os eleitores fiéis, o político tem de procurar arrebanhar novos eleitores, de preferência os do seu adversário.
Arrebanham-se outros eleitores exercendo um mandato de acordo com as promessas de campanha, renovando essas promessas, justificando porque não conseguiu realizar todas, apresentando novas propostas e não desprezando as propostas do adversário, mas aperfeiçoando-as.
Manter o eleitor cativo é uma tarefa árdua para qualquer político, sobretudo num sistema com grande número de partidos em que as propostas de uns são muito semelhantes às dos outros.
O político não deve esquecer que o eleitor é sensível e vota no candidato que trabalha com seriedade e oferece melhores promessas de condições de vida, emprego, saúde, educação, moradia etc.
Ao sentir que seu candidato não cumpriu as promessas ou que agiu com descaso para o seu problema, o eleitor muda de voto sem o menor pudor... É o seu desabafo, é o troco! E poderá se transformar no cabo eleitoral do político do partido adversário.
São vários os caminhos para reeleição, um deles é o político agir com retidão, ética e prestar contas do seu trabalho. Não basta conquistar o voto do seu eleitor, tem que conquistar o próprio eleitor. Cada eleitor conquistado torna-se num cabo eleitoral imbatível.