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Artigos-->A democracia nem sempre é um sistema justo -- 22/05/2005 - 08:59 (Leonardo Koury Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A democracia nem sempre é um sistema justo



Reflexão sobre o sistema democrático através

de um início de argumentação de

personalidades como Gandhi, Nelson Mandela,

Papa João Paulo II e Fidel Castro Ruz.



A analise da palavra democracia tenta colocar que parte de uma forma de governo aonde o foco e o direcionamento vem do povo. Seria realmente uma ótima idéia, para qualquer instituição ou sistema, mas a prática é muito diferente da teoria.

Sou um aficionado pelo sistema democrático, creio que nada pode dar certo quando a opinião da maioria não vem a prevalecer, mas acredito que a valha está principalmente naqueles que deveriam incentivar o sistema democrático.

Se analisarmos os demais sistemas, acredito que poderíamos começar a compreender a distância da prática em relação à teoria. O Sistema Capitalista, ao olhar de um dicionário, ele relativamente é justo, pois sua explicação depara que o mais “preparado”, o mais “inteligente”, aquele que provem do maior esforço domine o maior nível de capital, mas a sua prática é geralmente diferente desta relação teórica.

O Comunismo, também na análise teórica, por Karl Marx, mostra uma forma clara que de todos tem o direito a ter seu espaço na sociedade, mas o direito a fala e a escolha, aonde se encontrou quando ele foi aplicado na Rússia e demais países que constituíram a Força Soviética.

Uma colocação que podemos analisar e contradição da teoria em relação à prática, onde na democracia, principalmente aqui no Brasil, os meios de comunicação, aqueles que formam a opinião das massas, são sustentados pelas classes altas, os grandes financiadores das campanhas eleitorais, enfim, a grande massa torna-se manipulada, acaba que a democracia torna-se um sistema manipulável.

Muitos julgam Fidel Castro Ruz, mas esquecem que ele não democratiza a forma de governo, mas não existe em Cuba nenhuma pessoa abandonada nas ruas, nenhum cidadão sem tratamento médico ou dentário, não existe índice de analfabetismo, diferente de muitos países que se classificam como democráticos, mas as falhas quando se analisa o capital social são extremamente visíveis.

Será o que Brasil, conseguiria construir um dia, uma democracia que não seja a de simplesmente eleger os seus governantes, mas também dar aquela “devida atenção” aos investimentos sociais? Será que a imprensa e todos aqueles que manipulam a informação terão um dia o poder de construir uma mentalidade reflexiva na consciência da maioria, sem a manipulação existente nos dias de hoje, necessária para a manutenção de um sistema excludente e conservador?

Enfim, este é um tema a ser discutido dentro de um contexto real e contemporâneo.



Leonardo Koury Martins

Escritor / UNIAC

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