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Artigos-->Palavreado no Parlamento (revisado) -- 05/07/2005 - 09:00 (João Rios Mendes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
É comum que desviemos a atenção para outro assunto quando ouvimos um político. Por falarem em linguagem sofisticada e usarem técnicas que deveriam ser dirigida apenas aos seus pares, simplesmente não entendemos o que estão dizendo. Isso torna o discurso enfadonho e soporífero.



Na época da eleição o político fala a linguagem do povo e o que o povo quer ouvir. Para alcançar seu objetivo o político repete, esmiúça o assunto e se coloca à disposição para esclarecer os pontos obscuros, sem ofender os nossos ouvidos.



É de se esperar que, uma vez eleito, o homem que nos representa no Parlamento use, e até aperfeiçoe, o mesmo linguajar simples, elegante, e de palavras comedidas.



No entanto, não é isso o que se tem presenciado no Parlamento nos últimos dias. Em 2003 um deputado federal que estava sendo acusado de engravidar sua secretária, vociferou à imprensa: “eu não torei esta moça”. No mês de abril de 2005 dois senadores, um em pela manhã e outro na tarde do mesmo dia, discutindo assuntos diferentes, disseram, respectivamente: “...o que abunda não faz falta”; e “...no acidente, os dois caminhões mais pareciam dois cachorros encangados no ato sexual”.



Quando se pensava que o mau gosto havia acabado, ainda em maio do mesmo ano, em referência à pouca importância das reuniões do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, outro Senador não mediu suas palavras durante uma reunião de Comissão: “...a mulher não sabia se o marido teria ido para a reunião do CADE ou para a festa do cabide, que é aquela onde se pendura a roupa e o pau come”.



Todas estas “pérolas” foram proferidas diante das câmeras de televisão e microfones das rádios do país inteiro, ferindo os nossos ouvidos, dos seus eleitores, constrangendo e arrancando sorrisos amarelos dos colegas e do público presente...



Mas o que leva um parlamentar com mais de 45 anos de idade, com nível superior, representante de um povo, usar palavras tão desapropriadas no Parlamento? Falta argumentação?



Em março de 2006, certo Senador numa Comissão, pedindo mais empenho para discussão do assunto em pauta, convocou os colegas a verem o problema "com mais paixão. Não ver apenas com olhos de ginecologista, desapaixonadamente". Mesmo tendo pedido desculpas às mulheres, o Senador causou poucos risos e muito constrangimento à platéia.



Um dos políticos mais citados da tribuna é Rui Barbosa, cujo busto ornamenta o plenário. Seria ele fonte de inspiração se tivesse usado de tamanha deselegância? Todos os senadores exibem grande elegância no vestir, por que não fazem o mesmo com o linguajar?

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