Corrupção máxima
Maria da Graça Almeida
A vileza tatuou o Brasil. Na pele do país há raposas, lobos, cobras, em branco e preto, paletó e gravata. Bichos que representam o papel de juízes das falcatruas alheias, enquanto que as próprias...
Vivemos o estado de corrupção máxima. O país parou. Corruptos inquirem corruptos. Corruptos fiscalizam corruptos. E, enfim, pasmem, corruptos viram heróis. E o povo? O povo que se dane...
O cinismo e o descaso reinam. Não há preocupação nem com a própria reputação. Se, por um lado, os homens do poder trabalharam em favor de seu descrédito, o povo também ficou desacreditado, pois, mais uma vez provou que não tem discernimento político, ainda não sabe escolher. Até quando viveremos assim?
A cada um de tais enganos, penso: depois disso, aprenderemos...Qual o quê!...
Petistas de carteirinha, bem intencionados, crentes e apaixonados, quedam -se desiludidos e arredios. São intelectuais que caíram no engodo de um partido supostamente comprometido com o país e sua gente, com a verdade e a decência; são pessoas que, ingenuamente ou por força da esperança no novo, deixaram-se envolver pelo grito desafinado, oco, chocho, daqueles cuja promessa era a de um Brasil humanizado, a de um modelo de sobrevivência digna.
E eis o que se apresenta...
Vale relembrar o velho ditado: quem nunca comeu melado quando come se lambuza Muitos desses aí nunca antes provaram o gosto do poder absoluto e agora melaram o corpo, a alma, a casa e o povo. Mataram os sonhos! Uff...
Silêncio! Brasileiros em luto!
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