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Artigos-->Obrigado meus eleitores... Voltem sempre! -- 06/09/2005 - 17:17 (João Rios Mendes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Um político só é político por causa dos seus eleitores. Se não ganhar eleição, torna-se um aspirante a político, isso é elementar. Ora, se os eleitores são os responsáveis pela vitória do político, por que ao chegar ao poder ele se esquece de seus eleitores?

É comum o senador subir à tribuna e iniciar seu discurso cumprimentando os ouvintes da TV e Rádio Senado. Cumprimentar exclusivamente seus eleitores, nem pensar! E não é só cumprimentar quando inicia um discurso, não. Uma vez eleito, o parlamentar pode ser indicado para Ministro do Supremo Tribunal Federal, do Tribunal de Contas da União, Ministro de Estado, Presidente do Senado ou de Comissão. Todos estes são cargos disputadíssimos, pois dão visibilidade, prestígio ou vitaliciedade num cargo, como é o caso do Poder Judiciário.

Ao alcançar este estágio, o parlamentar agradece aos seus pares pela indicação, mas não agradece ao eleitor por tê-lo elevado ao Poder.

Se não tivesse ganho a eleição, dificilmente o aspirante a parlamentar teria seu nome lembrado e seria indicado com a honrosa menção do seu nome para tão importante missão.

Quando o senador não se reelege, culpa seu eleitor por tê-lo traído, mas se esquece que passou oito anos no Senado sem ter dado sequer um “obrigado, meus eleitores” ou “bom dia, meus eleitores”!



Alguns senadores se aproximam deste costume ao cumprimentar “o povo do meu querido Estado”, “o povo do meu Brasil”, e por aí afora.

Ao sair do plenário após ter renunciado ou sido cassado, cabisbaixo e ombros arriados, o parlamentar acha que tristeza e vergonha doem apenas nele. Por isso não pede desculpas aos seus eleitores, cabos eleitorais e simpatizantes que durante a campanha não mediram esforços para conquistar votos de porta em porta, às vezes chegando às vias de fato com cabos eleitorais dos adversários. Ora, “todo este esforço para não receber sequer um bom dia? Francamente, nas próximas eleições nos encontraremos...!”, diz consigo um órfão cabo eleitoral que não ganhou prestígio, visibilidade, nem cargo vitalício, nem o direito de ser representado, pois o seu candidato acabara de deixar o mandato.

Como disse o político americano Claude Pepper (1900-1989): “O erro de muitos políticos é esquecerem que foram eleitos; ficam achando que foram ungidos.”

Quando chegamos a qualquer mercearia ou grande supermercado tem sempre alguém sorridente que nos cumprimenta e se oferece para nos ajudar. Ao sairmos, dizem: “Obrigado pela preferência”. Mas o orgulho de alguns parlamentares não os deixa dizer “muito obrigado meus eleitores, voltem sempre...”



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