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Infanto_Juvenil-->E se o mundo acabasse amanhã? -- 22/10/2013 - 11:09 (Brazílio) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nas tardes serenas de nossa meninice brumadense, Celinho e Onésimo de um lado,

Bebel, Beu e eu do outro - com a cerca de tela bem ao meio - agachados, e a

lamber u`a mãozada de açúcar, resolvíamos os problemas do mundo da mais doce

forma possível. Enquanto isso, Jotaká, sem nos dar ouvidos, dava início ao

desbravamento do planalto central.

Das aventuras narradas, e sorvidas, uma que não passava bem pela nossa goela

açucarada era aquela daqueles meninos do Vicente e da Lia - os ditos Onésimo e

Celinho - terem viajado tão longe de automóvel pra ver a cachoeira de Paulo

Afonso. Até chegar lá, tudo bem, mas terem passado debaixo da cachoeira, e até

tirado retrato - ainda não revelado - isso era de dar água na nossa boca.

Mas se o mundo acabasse, e nos púnhamos todos de acordo, íamos permanecer

em nossas camas rodeados de uma montanha de bolos bem gostosos e de uns

baldes de água para matarmos a nossa sede. E era o que nos bastava. Nem pro

açúcar de cada dia que nos sustentava os sonhos, ou para as cáries que ele fazia

na realidade, dávamos pelota.

Hélio Lúcio, o irmão maior de Celinho e de Onésimo não participava de nossas

importantes tratativas. Vivia num outro mundo, vagando pelo quintal, falando uma

linguagem incompreensível

de que apenas uma palavra podíamos captar, sem contudo entender-lhe o

significado: butala, que repetia indefinidamente.

Terminados nossos papos - e o açúcar - era hora de nos recolhermos, e com

pressa, às obrigações domésticas que nos esperavam. Pois não costumavam

esperar mais do que o retorno dos pais do trabalho na `Fapa`. A dúvida, contudo,

me perseguia: como iria o Hélio Lúcio ouvir seus irmãos para ele também escapar

do fim-do-mundo?

Teria a mesma sorte de Jotaká?
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