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Artigos-->Violência Contra Pessoas Com Necessidades Especiais nas Esco -- 25/03/2006 - 19:34 (Luciana do Rocio Mallon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Violência Contra Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais nas Escolas



O dicionário define deficiente como : pessoa que nasceu com algum tipo de falha física ou mental .

Aqui , notamos que a própria definição do dicionário é preconceituosa .

Afinal , o que seria uma falha ?

Ser diferente é possuir uma falha ?

Apresentar uma diferença física ou mental conforme a Ética não é ter uma falha e sim possuir uma diferença . Tanto que a Ética afirma que a definição de deficiente para uma pessoa que apresenta uma diferença destas é anti – ética , pois o correto é chama – la de pessoa portadora de necessidades especiais .

O mundo é feito de diferenças . Porém , muitas culturas levaram milênios para aceitar estas mesmas diferenças . O problema é que ainda existem muitos lugares em que acontecem barbaridades , como exemplo : quando uma criança nasce deficiente , ela é morta .

No Brasil , existe preconceito contra pessoas com necessidades especiais , mas isto é abafado , pois é um preconceito tocado na surdina .

A campanha da fraternidade deste ano se chama : Levanta – te Vem Para o Meio . Ela é baseada na parte da Bíblia em que Jesus , vê um deficiente no seu canto , muito afastado da sociedade e exclama :

- Levanta – te , Vem Para o Meio !

Então , o aleijado se cura da sua doença , passa a andar e a conviver no meio da comunidade .

Através disto podemos notar que criaturas honestas da nossa sociedade estão se mobilizando para incluírem as pessoas com necessidades especiais na comunidade .

Porém , aqui , os problemas que ocorrem são as falhas traumáticas que acontecem com relação a isto . Pois , a sociedade ainda não discutiu e muito menos não chegou à conclusão de como incluir as pessoas com necessidades especiais numa sociedade tão preconceituosa como a nossa .

As escolas estão obedecendo a lei da inclusão social , que afirma que as crianças com necessidades especiais devem conviver no mesmo ambiente dos alunos “ normais “ .

Mês passado na cidade onde moro , Curitiba , houve mais um caso de violência contra uma aluna deficiente : uma menina surda e com distúrbios neurológicos , do primário da classe especial , foi convidada para uma festa no apartamento de um garoto do ginásio , que era parente da diretora da mesma escola . Só que lá , a menina foi violentada e submetida a humilhações .

A mãe da garota procurou as autoridades competentes , mas nada foi feito para elucidar o caso .

O mesmo rapaz , acusado de cometer a violência , também é suspeito de ter violentado uma menina com síndrome de Down que estudava na mesma escola no ano passado , também na classe especial .

Testemunhas afirmaram que viram o rapaz comentando com um colega que sentia atrações por mulheres com deficiência , o que prova que ele possuí algum distúrbio neurológico .

Atos de violência de colegas de classe contra alunos com necessidades especiais são cada vez mais comuns nas escolas . O problema é que casos como estes vêm sendo a cada dia mais abafados pela mídia .

A falha é que crianças e jovens “normais” não estão sendo preparados para receber os colegas com necessidades especiais . Não há nenhum trabalho de conscientização feito pelas escolas . Este é um trabalho que poderia ser realizado em disciplinas como : História , Língua Portuguesa e até Biologia .

Em História , a professora poderia debater assuntos como : o histórico da entrada de pessoas com necessidades especiais no mercado de trabalho , como os deficientes eram tratados em diversas épocas e em culturas diversas . Já em Língua Portuguesa , a professora poderia falar sobre os escritores que eram portadores de necessidades especiais . Na disciplina de Biologia a professora poderia debater as questões genéticas que fazem um ser humano nascer com algum tipo de diferença . Todas estas sugestões seriam válidas para conscientizar os alunos “normais” de como eles poderiam tratar seus colegas com algum tipo de necessidade especial .

Luciana do Rocio Mallon









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