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Artigos-->Roubo pela Internet -- 14/07/2006 - 16:38 (Carlos Rogério Lima da Mota) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Passei por uma situação recentemente que não desejaria a ninguém. Ao chegar à Caixa Econômica Federal, localizada à Rua Paraná, em Marília, Estado de São Paulo, tive uma surpresa desagradável. Após solicitar o extrato pelo caixa eletrônico, percebi que todo o meu salário havia sido sacado por outrem. Imediatamente, com a face tomada pelo espanto e falando acelerado, procurei a gerente de minha conta, Marcela Mattos, que de modo profissional e com uma calma deveras impressionante, tratou o caso com toda a seriedade, devolvendo-me a tranqüilidade que sempre depositei nesta importante instituição de crédito do país.



Checando o sistema, descobriu-se que o respectivo crime havia ocorrido pela Internet, algumas horas antes de minha visita habitual à agência. Meu saldo, uma soma considerável, numa simples transferência eletrônica, foi enviada a uma agência do Pará e sacada minutos depois, diretamente no caixa. Não sei como, talvez através de um vírus contraído na verificação de meus e-mails, algum hacker descobriu minha senha e contra-senha, acessou o site do banco e fez o que quis com minha conta: comprou cartões pré-pagos para celulares, contratou empréstimo virtual em meu nome, além de levar meu salário. Legal, né? Como é fácil ganhar dinheiro neste país, digo, como é fácil roubar neste país. Que o diga os mensalões da vida!



Marcela, assessorada por Georgina Vieira, carinhosamente conhecida por Gina – outra distinta e renomada funcionária, conduziu meu caso com uma perspicácia invejável, algo que deixaria os detetives de Sílvio de Abreu com o queixo caído. Imagine você, leitor desta coluna, um larápio qualquer acessando sua conta agora, verificando suas economias e transferindo-as, sem qualquer dificuldade, para outras contas, e fazendo um churrasco em comemoração. Como você reagiria? Bem, só não tive um infarto porque fui bem orientado desde o início.



O primeiro passo para a resolução do caso foi procurar o 2º Distrito Policial, o único da região especializado em roubos virtuais para registrar um boletim de ocorrência; em seguida, retornei à agência, entreguei o B.O à gerente e respondi um questionário para análise do banco, autorizando-o a verificar a contabilidade de minha conta. O segundo passo foi cancelar todas as minhas senhas, inclusive a do cartão de débito. De um minuto para outro é como se eu deixasse de existir.



Durante todo o processo, algo que durou quase 20 dias, recebia diariamente, pelo telefone, meu extrato, com todos os cheques pagos pela instituição, sem que qualquer ônus caísse sobre minha pessoa.



Sempre usei a Internet para fins comerciais, mas passar por uma situação como essa não estava em meus planos. Ainda bem que o caso aconteceu em uma instituição séria, com profissionais altamente qualificados que, ao invés de tratarem meu caso como mais um ou com um olhar de desconfiança, optaram por me acalmar e acompanhar todo o processo com uma invejável eficiência e discrição.



Em 13 de julho, o caso foi encerrado, todo o dinheiro devolvido à minha conta, todas as taxas ressarcidas. Nós, brasileiros, sempre acostumados a tratar as instituições bancárias como vilãs por tantas crises sociais recaídas sobre o país, não sabemos como agradecê-las quando agem com lisura e impecável serenidade. Só sabemos criticar e não elogiar, pois fomos educados por uma sociedade acostumada aos desmandos e as ingerências de suas principais figuras públicas.



Por isso, aproveito este momento para agradecer à Caixa e às suas funcionárias pela maneira isenta como conduziram meu caso. Crimes na Internet podem acontecer em qualquer setor, afinal, se criminosos desvendam até mesmo os dias finais constados no Apocalipse, por que não desvendariam as senhas de simples mortais como eu e tantos outros? Só desejo, a quem passar por isso, que outras tantas Marcelas e Ginas estejam em seu caminho e que o caso receba a atenção e o cuidado de uma instituição como a Caixa.

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