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Artigos-->Eleições: o Congresso nas ruas -- 16/08/2006 - 11:46 (João Rios Mendes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nestas eleições de 2006 alguns jornalistas têm criticado o fato de o Congresso ser convocado a fazer esforço concentrado apenas nas primeiras semanas de agosto e setembro.



Para esses críticos é inadmissível que o Parlamento feche suas portas e que seus membros saiam às ruas do país em busca de voto, quer seja para eleições estaduais ou presidenciais.



O que é o voto senão a matéria-prima do Congresso Nacional? Como pode a democracia existir se o candidato não sair às ruas para conversar com o eleitor? Qual eleitor se arrisca a votar num candidato que não conhece?



Por outro lado, o fato de os políticos estarem nas ruas não significa que o Congresso Nacional esteja fechado, ocioso. É fácil verificar que os gabinetes estão abertos para o público, os assessores estudando projetos novos, bem como recebendo e repassando informações aos parlamentares. Não esqueçamos que o gabinete é a base de contato do povo com o político, e deste com as autoridades em Brasília.



O que justifica a ida dos políticos às ruas é o contato dele com seus eleitores, ou seja, com as pessoas que já votaram nele e que, portanto, os conhecem. Se eles não andarem pelas ruas, como ficam as pessoas que ainda estão indecisas e as que estão votando pela primeira vez? Além do mais, tem aquelas que estão desiludidas com o seu candidato e precisam conhecer e avaliar os outros. E a melhor maneira de fazer isso é apertando a mão do pretendente ao Parlamento.



Outros críticos alegam que, por não estarem no Congresso, os parlamentares não estão trabalhando. Outro engano! Quem defende essa idéia desconhece a rotina do Parlamento. Talvez por maldade ou simplesmente por desinformação, esses críticos não admitem que o trabalho do parlamentar seja também fora de Brasília. Esses jornalistas não consideram trabalho o contato direto do parlamentar com o povo. Não vêem que nas eleições o eleitor tem a oportunidade de olhar nos olhos do candidato, falar e ouvir dele as propostas que continuará defendendo em Brasília e o por quê de não ter aprovado outras tantas.



Este contato é o momento decisivo para o eleitor, não para o candidato, como muitos defendem. Como o eleitor é o senhor do mandato, ele tem que se aproximar do político para avaliar se continua apoiando-o.



Nesta hora, o eleitor é comparado ao consumidor, e como tal, precisa ver de perto o produto que está sendo oferecido. As propostas do candidato são este ‘produto’ que o eleitor vai ‘comprar’ com o voto. Ele não compra candidatos, ‘compra’ propostas. O eleitor não é fiel ao candidato, mas às propostas. O consumidor também não é fiel à empresa, é fiel ao produto oferecido. Tanto é assim que ele compra o mesmo produto em qualquer mercado. Não se prende ao mercado, mas ao produto. Se as propostas não agradam, o eleitor não vai às ‘compras’. A empresa pode mudar de dono ou logomarca e ainda assim o eleitor será fiel, se ela continuar oferecendo mercadoria de boa qualidade. Creio que o mesmo princípio que vale para o político. Ou ele apresenta novas propostas e renova as antigas, ou elas não serão ‘compradas’.



É uma experiência engrandecedora trabalhar na campanha do político de nossa confiança. Todos os parlamentares estão ávidos por voluntários, mas esses voluntários devem estar dispostos a passar vários dias fora de casa, a enfrentar os correligionários do candidato adversário, devem estar atendo a tudo o que acontece no Brasil e no mundo e munir o candidato com essas informações. Esses voluntários devem também estar preparados para apertar a mão, abraçar, sorrir e dar tapinhas nas costas de centenas de pessoas desconhecidas, durante todo o dia.



Já para o candidato, imagine-se comer de tudo e a toda hora só para agradar seus eleitores, beijar criancinhas sujas e sorrir o tempo todo, e, quando chega numa cidade, ainda enfrentar o tumultuado empurra-empurra dos correligionários se acotovelando ao seu redor só para saírem nos jornais.



Esses críticos reclamam que os parlamentares não deveriam receber salários durante as eleições, já que o Congresso está em ‘recesso branco’. Ora, sendo o voto a matéria-prima do Congresso Nacional e comprando-o a uma empresa, qual empresa fecha suas portas enquanto busca sua matéria-prima?
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