Os pedagogos aconselham que as pessoas devem dedicar aos filhos uma dose infinita de amor.
Li um depoimento recente de um jornalista, relatando com imensa amargura e irreparável tristeza que trocara, sem perceber, a felicidade dos seus filhos e a estrutura de sua família, pelo trabalho e pelo desejo de somar páginas na sua declaração do imposto de renda.
Outras mensagens vieram para tratar do amor, mostrando como este nobre e santo sentimento constrói as grandes edificações do universo: a professora que, com seu primeiro salário, compra um vestido azul para a sua aluna pobre da periferia e, com o gesto, opera um milagre que transforma por inteiro toda uma comunidade; a outra professora que despreza um aluno por ser ele pobre, problemático e maltrapilho, até que vai, aos poucos, se inteirando de como aquela pessoa precisava de gestos de amor e de incentivo para crescer e atingir suas grandes metas de ser humano; a velhinha que semeava flores ao longo da estrada, no trajeto do ônibus em que viajava diariamente, mesmo sabendo que, com a idade avançada, poderia nem mesmo ver as sementes se transformarem nos arbustos maravilhosos que produzem as flores que tanto encantam os nossos olhos; a coragem do soldado americano que, no meio de uma sangrenta batalha, vendo um soldado alemão ferido, preso ao arame farpado e sem condições de se libertar, salta da proteção de sua trincheira e vai em socorro do inimigo e, desafiando os projéteis, leva-o para o abrigo das trincheiras alemãs e, quando vai retornando, ouvi o grito de um oficial alemão, pára e dele recebe a cruiz de ferro que ganhara por ato de bravura, ressaltando que ela estaria muito mais apropriada no peito do americano...
São pinceladas rápidas, debuso, apenas, do que é possível erguer e conquistar com um simples gesto de amor. se vale para o inimigo, se quebra as forças do desafeto, o quanto não poderá realizar com os nossos próprios filhos, portadores do nosso sangue?
É a lição de Deus, enfim, só pode ser a maior de todas as lições. |