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Artigos-->Os gatunos de um Porto (nada) Seguro -- 24/01/2007 - 12:17 (Carlos Rogério Lima da Mota) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Como é bom viajar e conhecer novas terras, ampliar a dimensão de nossos horizontes, para darmos valor àquilo que temos e que, por obra da ignorância, muitas vezes depreciamos. Sabem por que digo isso? Em dezembro último, minha família e eu viajamos para Porto Seguro, a instigante terra do descobrimento, chão onde Pedro Álvares Cabral e sua comitiva desembarcaram afoitos pelas maravilhas da riqueza nacional.



Vendida como uma das sete beldades do catálogo da CVC, a impressão que tínhamos era de uma cidade envelhecida, todavia, conservada pela prole de “Toninho Malvadeza”, afinal, aos olhos do mundo - pelo menos de meu mundo, se é que isso tem alguma importância - Porto é um diamante precioso da história antiga, a certidão do início da devastação do Brasil e de sua “europeização” indígena.



As ruas, como vende a CVC, ainda são de paralelepípedo, adornados de um verniz amarelado pelo tempo; o povo gentil, as feirinhas com bugigangas nunca vistas e folclores bem conhecidos (tem até box de macumba! Cruzes!) e o preço de um cascão para lá dos R$ 9,00, enfim, apenas coisas boas. Mas esqueceram de acrescentar outras tantas coisas boas que faço questão de anexar ao roteiro original. São elas: policiamento escasso, ladrões a dar com pau (será que os criminosos do Rio de Janeiro resolveram lá instituir uma de suas novas filiais?), turistas acima de dois milhões para uma terra que comporta, se muito, sessenta mil; praias abarrotadas de latarias e outros tantos dejetos que os homens pensam poder desfazer nas águas do mar. Viram, só coisas boas!



Vale a pena ir para Porto Seguro! Que viagem maravilhosa tivemos! Fará sempre parte da história de minha família, assim como as pulseiras de ouro, os mais de R$ 2.000,00, os talões de cheques do Banespa e da Caixa, os cartões de crédito, o celular da Vivo (lá pega mesmo a Vivo, quem diria! Nem os mortos acreditariam!) e a velha bolsa de minha mulher que os assaltantes nos “confiscaram” (seria um pedágio para podermos usufruir as belezas desta terra?) ao chegar à cidade.



Quanta coisa boa! Melhor ainda é fazer um boletim de ocorrência na DELTUR – Delegacia do Turista: foram mais de 6 horas aguardando a impressão do B.O. O quê? Não acreditam? Eles não tinham cartucho de tinta para a impressora nem verba para comprá-lo. Coitado de delegado, que para não ficar constrangido ante a paulistas “arrogantes” como eu, resolveu sair para o almoço às 12h e até às 16h não havia retornado. Deveria estar à procura dos ladrões ou fazendo vaquinha para comprar o cartucho. O que mais quer que eu pense? Bom não me aventurar tanto pelas raias da imaginação, poderei ir parar no xilindró e curtir as próximas férias na companhia dos bispos da Renascer, do juiz Lalau, do Maluf e de tantas outras figuras “honradas” que povoam o cenário tupiniquim com suas bondades, cuja História, embriagada pela própria acidez, tem a capacidade de deturpar, tornando-as peças de “publicidade negativa”, com destaque nas páginas da Folha de SP.



Após o relato, como não valorizar o Estado de São Paulo. Por mais que propaguem a insegurança em nosso meio, aqui, ao menos, as estruturas funcionam a contento e, se não o fazem mais, é por falta de verba, situação esta que atinge todo o país, principalmente aos Estados mais pobres, como o que visitamos!



Dos males o menor, voltamos com vida e experiências profundas que nos perseguirão por uma vida toda e com novos olhares para onde sempre criticamos, por plena ignorância, ou mesmo, ingratidão!







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