Eu vinha vindo ao rés do tempo,
Despreocupadamente,
Como se estivesse saindo
Do passado das ruas e vielas
da minha cidade ainda tão provinciana..
Cidade sem medo e sem violência,
Cidade dos meus sonhos de adolescente...
De repente, como que do nada,
Saiu aquela lua escandalosamente bela.
Como se ainda houvesse tempo
Para se olhar para a lua das serenatas...
Eu estava vindo ao rés da noite
Subindo(ou descendo) a ladeira da memória
E queria tudo sob controle,
As coisas guardadas sem perigo,
As saudades sob rédeas...
Mas, eu juro, não contava com a lua! |