Lixo que chora a grandeza da transforma ação. Lágrimas profundas escapam de containers de bares, hotéis, hospitais... antes o que era luxo. Choro silencioso a aromatizar o ambiente doente e dormente, será alimento farto à Terra mãe que pariu luxo e lixo. Lixo no luxo degradante e pedante, cobre a superfície de limo e sujeira. Contamina braços de rios... Ai meu açude da Tijuca!! Tuas pedras que tanto caminhei, pulando uma a uma... hoje já não respira mais. Só agoniza no chorume que ninguém vê e afoga no mar de lixo vindo do luxo. Ô luxo!!! Porque fazes isso? Não vês que teu chorume mata as esperanças do pescador no leito do rio. Só há cardume de dor a pescar no chorume da vida castigada por tanto lixo que lamenta, chora e agoniza seu próprio luxo. Ali, havia um rio com seu luxo de água limpa e viva...