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Artigos-->Educação de um terço -- 25/07/2007 - 17:08 (João Rios Mendes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Imaginemos que a partir de amanhã tomaremos as seguintes decisões: comeremos apenas um terço do que normalmente comemos; os nossos salários serão apenas um terço do que recebemos atualmente; a pessoa amada dar-nos-á apenas um terço do carinho que recebemos hoje. Paremos por aqui! Claro que não dá para sermos felizes se essas idéias se concretizarem; podemos até nos acostumar, mas aí é outra história. Se isso acontecesse, seria um desassossego em nossas vidas, e, inconformados, buscaríamos os dois terços que nos faltam.

Se não nos conformamos com apenas um terço dessas situações, por que nos conformamos quando apenas um terço dos jovens com dezoito anos concluem o ensino médio? Por que nos conformamos quando apenas 44% dos jovens com quinze anos concluem o ensino fundamental? Por que também ficamos parados quando apenas 57% das crianças com quatro anos de idade freqüentam a pré-escola? Se você que lê este texto fez curso superior, isto significa que você está entre os 1% dos estudantes brasileiros que concluíram o ensino superior. Esses números foram extraídos de uma pesquisa do IBGE, realizada em 2005, para sustentá-los, aposto como a maioria de nós conhece pelo menos uma família que tenha uma criança ou um jovem fora da escola. Para mudar essa realidade, no dia da eleição temos votado em políticos comprometidos em colocar esses jovens na escola?

Temos o cérebro e o estômago para reclamar a quantidade de alimentação, os sindicatos, para reclamar os baixos salários, e o coração, para reclamar a falta de carinhos. E quem de nós reclama os baixos salários dos professores? Quem se queixa da falta da educação com qualidade?



Alguns estudiosos dizem que os nossos governantes não se preocupam em colocar esses dois terços na escola porque seria muita gente pensando. “O governo tem medo desse tanto de pobre pensando, seria um desastre!”, disse-me uma professora, criticando o governo. Ora, se o Brasil já é grande com apenas um terço pensante, não seria maior se os dois terços que estão fora da escola entrassem nela e também estivessem pensando? O futebol brasileiro seria o melhor do mundo se apenas um terço dos nossos meninos jogassem bola?

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