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Artigos-->“AMAR” E “FICAR” – ARTES TÃO DISTINTAS DO PRAZER HUMANO... -- 25/07/2007 - 19:56 (Carlos Rogério Lima da Mota) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Dizem que o amor não existe mais, que as pessoas só pensam em “ficar”, porque é mais fácil e rápido, uma vez que não envolve sentimentos profundos ou algo do tipo. É, ficar pode ser mesmo o caminho àqueles que nunca viveram uma eterna aventura amorosa; ficar pode até dar resultados instantâneos, por ser um relacionamento relâmpago. Entretanto, não aconselho o “ ficar” como a primeira opção, até porque, vim de uma época em que o verdadeiro “amar” estava diretamente conectado ao “sofrer”, ou seja, quem amava deveria estar pronto para sofrer, porque é no sofrer que aprendemos a ser um pouco melhor do que já somos.



Hoje se tem a idéia de que sofrer é vão; não é! Quem não sofre, não ama o suficiente para fazer feliz a pessoa a quem escolheu para viver parte ou toda a vida. Quem não sofre, não compreende a importância de se estar perto de alguém, vivendo suas alegrias e vitórias, e mesmo na dor, colhendo suas lágrimas.



Ficar resume-se apenas a “ficar”, ter uma alma à disposição dos fascínios do corpo e nada mais. O que se aprende de tão profundamente num beijo roubado, num toque sem cor, num abraço forçado? Provavelmente dirão que isso pouco importa, que em iniciativas como essa, a importância não se está no sentir, mas na certeza de que as necessidades mais básicas do ser humano completar-se-ão de imediato, sem frescuras, neuras... É aí que mora o perigo! Já pensou ir para a cama com uma pessoa a quem beijou em minutos, na hipótese mais grotesca do sexo para com o sexo? Que graça isso tem?



Já amar é bem maior do que o próprio sentimento corporal. Amar é viver, é entregar-se de corpo, mente e alma a um outro ser também especial, fazendo da rotina uma espécie de desejo eterno. Amar é semear no próprio coração a dádiva da felicidade, é fazer-se presente quando as intempéries do destino parecem maiores do que as próprias forças! Amar é conhecer os limites, as fraquezas e as vitórias de quem entregamos o nosso coração, na pior das hipóteses, como diria o grande Nelson Rodrigues, amar é “ficar” com alguém para sempre e dele retirar mais do que palavras de falso apelo, que assim como elogios forçados, ferem tanto quanto as lâminas afiadas...



No ficar há dúvidas; no amar há certezas! No ficar há explosão de hormônios; no amar há explosão de felicidade! No ficar há contato casual; no amar, o contato é total, toca-se até a alma! No ficar, o coração é petrificado, pois o que se está em jogo é o apetite do corpo; no amar, o coração é exaltado, pois não há jogo, e se houver, não há perdedores, mas eternos ganhadores...



Como se vê, poderíamos ficar horas encontrando diferenças entre essas duas artes tão distintas do prazer humano, todavia, prefiro acreditar que você, ao ler esse texto, navegará para dentro de si mesmo e encontrará a melhor forma de se fazer feliz, ainda que a felicidade não esteja apenas no toque íntimo, mas na certeza de que quem ama, não morre, atravessa o tempo e deixa para sempre sua marca na História e no coração daquele ou daquela a quem ousou, através do olhar, tornar-se especial...

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