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Artigos-->O DESESPERO DE UM ESCRITOR -- 14/10/2007 - 15:44 (Carlos Rogério Lima da Mota) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Desde o dia em que meu irmão do meio morreu, há quase dois anos, pergunto-me o porquê de Deus não me ter levado em seu lugar, afinal, Kezo não tinha filhos, deixava apenas, se é que posso dizer assim, mãe e pai separados.



Ele tinha algo melhor do que eu: ERA ESPECIAL! Todos o amavam, inclusive eu! A mim, poucos amam, apenas meus filhos e alguns outros que não sei se me amam de verdade ou se se utilizam de meu sagaz “veneno” para satisfazerem o próprio ego, uma vez que, em campo, difícil é aquele que supera o meu “licor da morte”. Sou expert com as palavras, vivencio tudo o que sinto e escrevo tudo o que acredito ser verdadeiro, real, ainda que muitas vezes essas verdades não passem de fantasias.



Tenho dois filhos a quem amo muito e, se eu tivesse morrido no lugar do Kezo, certamente eles não me veriam deixar sua mãe, apenas teriam a certeza de que eu estaria eternamente condenado à escuridão de um túmulo. Ainda, teriam dinheiro o bastante para viverem felizes e longe de mim... Poderiam ser melhores do que eu um dia pensei ser! Poderiam ser almas livres de minha sina, de minha dor interna, aquela que me faz acreditar cada dia num Deus que me vê, que me sente, que me ama, mas que me deixou há tempos.



Se o Kezo estivesse vivo, ele - do jeito que eu o conhecia, seria um pai para eles, algo que não estou conseguindo ser! Algo que jamais acreditei ser! Algo que não sei bem o que é... Mas o Kezo se foi! O mesmo Deus que me ama acreditou que eu deveria ser poupado e ainda não sei o porquê? A esse Deus agora me viro e pergunto: POR QUÊ? POR QUÊ?



As respostas não vêm e cada vez mais estou angustiado...Perdão, meus leitores, como perceberam, hoje estou depressivo! Separei-me de minha esposa há pouco e fui entregar meus filhos a ela, depois de ter passado dois dias com eles... É como se agora eu estivesse morto, enterrado em vida! Por que então não morrer de verdade e poupar duas crianças de uma dor tão grande como a minha, de um vazio no peito, que indescritível na forma, beira à surrealidade? Não sei mais o que sou, o que serei, só sei que estou vazio, sem alma, num corpo sem rumo, arruinado na própria trama!



Se alguém puder me ajudar... Estenda-me a mão, por favor!



www.escritorcarlosmota.com
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