O poeta morre
Pelos cantos
Tenta sugar
Uma lágrima,
Não reconhece
Uma metáfora,
Os sinônimos
Se espalham
pelo chão.
O poeta morre
Na alvorada do dia,
Frio demais,
Atormentado de menos.
Na entrada da gruta vazia
Ecoava de dentro uma voz
O último dos corpos jazia
Era alimento do abutre feroz. |