Não tenho a pretensão dum verso bom,
Porquanto a minha briga é monumento.
É que, sem ter um grão de amor, aumento
A precisão atroz do melhor som.
Se cá pudesse pôr, por um momento,
O meu sistema a compartir o tom,
A cor iria ter mescla marrom,
No negro desbotado, sem talento.
Contento-me com pouco e desespero,
Sabendo o resultado tão ruim
Que prosseguir aqui já não mais quero,
No aguardo de chegar logo ao meu fim,
Fazendo o tal pedido forte e vero:
— Oh! Pelo amor de Deus, orem por mim!
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