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Artigos-->Estruturalismo saussuriano -- 27/10/2007 - 14:56 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








O estruturalismo de Ferdinand Saussure ocupou-se do estudo sincrônico da língua, e, mesmo não tendo usado a nomenclatura, Estruturalismo, deixou valioso estudo sobre a estrutura da língua a que chamou de sistema. A publicação de seu trabalho intitulado “Cours de linguistique général” só se deu em 1916, três anos depois de sua morte. Este trabalho serviu de modelo e inspiração da corrente estruturalista, pós-saussuriana, em abordagens social, cultural e psicológicas, entre outras. O estudo dos signos ou, teoria geral da semiologia de Saussure, examina os elementos da linguagem (idioma) sincronicamente, e relega a Diacronia, a fala. (Wikipédia, enciclopédia virtual).

A lingüística de Saussure baseava-se no estudo da estrutura da língua, e do uso coletivo, comum a todos os falantes, desprezando o individual, por considerar que a língua é homogênea e dinâmica, enquanto a fala é mutável. Assim, separou em langue e parole, a fim de estudar a língua, como sistema e dedicou-se apenas ao primeiro caso, a langue.

“O mérito de Saussure consiste em lançar as bases para a compreensão do conceito de estrutura, plavra-chave para o desenvolvimento do pensamento lingüístico e das ciências sociais, a partir da década de 40. A idéia difundiu-se a ponto de constituir o fulcro da tendência conhecida por Estruturalismo” (RAMAZINI, 1990, p.25).

Para Saussure, a língua é um sistema homogêneo, um conjunto de signos exterior aos indivíduos e deve ser estudado separado da fala. Para ele, o estudo da fala seria problemático, por envolver todas as possibilidades imprimidas nela pelos falantes, impossibilitando sua análise científica. “A cada instante, a linguagem implica ao mesmo tempo um sistema estabelecido e uma evolução: a cada instante, ela é uma instituição atual e um produto do passado.” (Curso de Lingüística Geral, 1989, p.16). Embora não tenha estudado a evolução da língua, Saussure a define como um agente transformador da linguagem e com isso, desperta, no futuro, o estudo também da fala. Nas palavras do teorizador, [...] tudo que é diacrônico na língua, não o é senão pela fala (parole). É na fala que se acha o germe de todas as modificações: cada uma delas é lançada, a princípio, por um certo número de indivíduos, antes de entrar em uso.” (Curso de Lingüística Geral, , 1989, p.116).

Aprofundando-se apenas na Lingüística Sincrônica, o pai do Estruturalismo a divide em duas partes: a Sincronia Sintagmática e a Sincronia Paradigmática. A primeira delas, a Sintagmática, centrada no eixo das combinações dos sintagmas, estabelece relações baseadas no caráter linear da língua que, exclui a possibilidade de pronunciar dois elementos ao mesmo tempo, ou seja, regras que limitam os falares, privilegiando o uso coletivo em oposição ao individual. (Curso de Lingüística Geral, 1989, p.142).) E a relação Paradigmáticas, que “capta a natureza das relações que os unem em cada caso e cria com isso tantas séries associativas quantas relações existam” (Curso de Lingüística Geral, 1989, p. 145). Por outro lado, [...] “enquanto um sintagma suscita a idéia de uma ordem de sucessão e de um número de elementos, os termos de uma família associativa (paradigmática) não se apresentam nem em número definido nem numa ordem determinada...” (Curso de Lingüística Geral, 1989, p.116).

Portanto, é possível estudar apenas a estrutura, a (langue), porque, toda língua tem sua estrutura própria, e cada uma delas, seu modo de construção frasal, por isso é possível dizer: “preciso melhorar meu Inglês oral”, numa evidente afirmação de que conhece a gramática daquela língua. (Adalberto Antônio de Lima)



Referências



GNU Free Documentation License.
ALTINO, Fabiane Cristina. Estruturalismo e Sociolingüística. Turma 1 , Módulo 2, 2º semestre de 2007, aulas 1, 2, 3 e 4, noturno. 15 ago. 2007, 22 ago.2007,29 ago 2007 e 05 set.2007. Disponível em < http://www2.unopar.br/bibdigi/biblioteca_digital.html. Acesso em: 20 ago. 2007 e 10 set. 2007.

RAMAZINI, Haroldo. Introdução à Lingüística Moderna. São Paulo ícone, 1990, p.25.

SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Lingüística Geral, 15ed. São Paulo: Ctrix, 1989, p. 16,142,116.

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