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Cartas-->Os caprichos do destino -- 25/07/2002 - 12:19 ( Andre Luis Aquino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tem pessoas que passam pela nossa vida e a gente passa pelas delas, que tem miopia sentimental, uma patologia que acomete seres humanos quase sem coração.
A miopia sentimental dá naquelas pessoas que a gente mais gosta, que a gente arde de desejo e de vontade, sabe aquelas pessoas que a gente se desmancha e se derrete? Então nessas.
Você poderia dar a sua vida, você faria tudo por elas, coisas bem exageradas como não saber mais viver sem ela, se mudar para a vida dela ou bem simples como lembrar o quanto essa pessoa é importante e especial todos os dias ou comprar um presente que tenha a cara dela, mas mesmo assim essa pessoa não enxergaria você nem seus atos e seria incapaz de sentir gratidão ou recompensada pelo seu carinho, atenção e respeito dispensados, ou melhor, dados, doados de corpo e alma.
Uma pessoa com miopia sentimental só enxerga a si mesma, não sintoniza com outro ser da mesma espécie, ao contrário, às vezes ela gosta mais dos seus bichos de estimação, sejam gatos, cães ou passarinhos, não sabem dividir e muito menos dar um pouco de si e pior não reconhecem o amor que uma pessoa tem por ela, a miopia faz ela ver de forma distorcida, te vê apenas como um ‘amigo especial’, alguém que ajuda e serve de ‘bengala’ para quando está num dos vales baixos de sua vida( os famosos altos e baixos da nossa existência).
Deviam criar um grupo de apoio a essas pessoas por ai, tipo esses que tem para os alcoólatras, vigilantes do peso ou narcóticos anônimos, seriam os míopes sentimentais anônimos, MISEAN, quem sabe as pessoas sofreriam menos por amor, acabaríamos com esses 100 anos de solidão que assolam tantos mortais por ai.
Os caprichos da vida parecem começar nos janeiros de nossa vida( se pudéssemos resumir nossa vida toda em um ano), na época que a gente nasce, ainda bebês aprendemos coisas que farão diferença para o resto de nossa vida, sofremos ou sorrimos a revelia e a nossa mente registra tudo como numa foto que vai se modificando com o tempo.
Nossa adolescência vem lá pelos idos de março de nossa vivência, temos nossos 15 ou 16 anos, vivemos uma época de mudança e de final de verão, estação que foi a nossa infância, estamos virando adultos.
No junho ou julho de nossa existência muitos de nós já tomaram um caminho ou nos perdemos de vez, quem sabe um filho, ou ainda somos tão filhos para ser pai ou mãe, tanta gente que passou, alguns insistem em ficar, você quer saber de você, mas ainda não sabe nada de si mesmo.
Os caprichos do destino te levam a lugares que você nunca imaginou, você se queimou e mesmo assim adora brincar com fogo, você queria que tudo fosse para sempre, mas tudo é tão fugaz, efêmero e passageiro, as pessoas se consomem como se consumissem um produto qualquer e as feridas vão ficando e muitas nunca vão cicatrizar.
Os caprichos da vida podem te levar a um dezembro de sua história muito triste, seus amores se foram em setembro ou outubro, você no doce novembro desistiu de amar e desistiram de te amar em agosto, no dezembro da sua vida você pode estar sozinho(a), a correnteza do seu rio está ficando fraca e as cataratas já estão chegando, mesmo que você seja um rei ou um mendigo na hora da morte, no fim somos todos iguais, o céu é algo assim socialista, pregam a igualdade lá.
Tem pessoas que mudam nossa vida em meia hora e vão ficando, ficando e quando a gente as vê, já são parte de nós, inventamos uma língua própria, linguagem do olhar, alfabeto dos nossos corpos, dialeto do amor, os caprichos do destino podem nos separar ou nos juntar, eles não tem explicação, só nos resta esperar.


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