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Artigos-->Olha, é uma escola! -- 24/02/2008 - 16:17 (João Rios Mendes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Olha, é uma escola!

Estava eu em Salvador, no Pelourinho, em frente à Fundação Jorge Amado, quando ouvi uma jovem falar com a mãe:

_ Olha! ali é uma escola. Olha como ela é! E está tendo aula. Você está vendo o garoto sentado lá dentro?

Intrigado com o espanto da moça, virei-me e vi que realmente havia ali uma escola diferente, digo, um prédio diferente. Aproximei-me da moça e comentei-lhe sobre a escola. Durante a conversa, descobri que ela morava em Brasília. Então pude entender o seu espanto. Em Brasília, os prédios das escolas públicas seguem mais ou menos o mesmo padrão e pouco se diferenciam um do outro.

A escola a que a moça se referira era uma casa azul de dois andares, situada à direita da Fundação Jorge Amado. Confesso que, inadvertidamente, não gravei o nome da escola, mas era um prédio que noutros tempos certamente era residência de donos de escravos.

Creio que a jovem não era viajada pelo Brasil, por isso pensava que todas as escolas fossem iguais às de Brasília. Acredito também que ela não conheça as escolas rurais e as escolas de lata de São Paulo e não tenha visto as imagens do livro O Berço da Desigualdade, de Sebastião Salgado.

Não sei o que ela disse ao ver uma agência do Banco do Brasil, da Caixa Econômica ou um aeroporto, por exemplo. Mas creio que ela não tenha se impressionado com esses prédios, pois são geralmente iguais com mobílias harmonicamente padronizadas. Agora, pergunto-me: por que as escolas não têm o mesmo padrão de qualidade que esses órgãos públicos? Se os funcionários do Banco do Brasil e da Caixa são servidores públicos federais escolhidos em concursos nacionais e pagos pelo Governo Federal, por que os professores também não o são? Por que os prédios das escolas não seguem o mesmo padrão?

Se fizéssemos um pequeno esforço mental e imaginássemos um aeroporto e uma rodoviária sem os pátios e pedíssemos para aquela jovem dizer qual era o aeroporto e qual a rodoviária, dificilmente ela se confundiria. Por quê? Porque a estrutura dos aeroportos, assim como das rodoviárias, é igual no país inteiro.

O senador Cristovam Buarque apresentou um projeto de lei estabelecendo salário mínimo de R$ 900,00 para todos os professores não graduados e de R$ 1.100,00 para os graduados. O deputado Iran Barbosa (PT/SE), no dia 20 de novembro de 2007, pediu preferência para votação desse projeto . Isso significa que, depois de 90 dias, todas as votações no Congresso Nacional estariam obstruídas até a votação final do projeto. Acontece que o governo Lula, por meio de seus deputados e senadores, retirou a urgência, e o projeto empacou. Se a urgência não tivesse sido retirada no mês de janeiro, os professores já estariam recebendo seu primeiro salário reajustado. Como o Congresso só funciona com a pressão popular, pergunto-me: onde estão os professores que não cobram dos seus parlamentares a votação urgente desse projeto?

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