Mostrei que progredi em toda linha,
Porque, quando cheguei, estava tonto.
Agora p’ra poesia já me apronto,
Embora a rima seja bem levinha.
Espero que o leitor me dê desconto,
Porque jamais castigo o que se apinha
Em lúgubre roteiro, pois me espinha
O que me atemoriza e cá não conto.
Mas vou dando ao soneto outra demão,
Que um pouco de emoção nos fará bem,
Se for de paz o agito do refrão.
Aí, vou convidar: — Faça também
Um verso em que se alegre o coração,
Agradecendo ao Pai por mais alguém...
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