Pescador !
Um pescador, um rio manso..., mas por vezes e com o cair da chuvarada, tornava-se arisco e traiçoeiro; nessa circunstância toda sua sabedoria era colocada à prova.
Todo dia....., naquela mesma hora antes do sol nascer, pegava o seu barco, e lá ia o homem do rio atrás de seu peixe.....; levava consigo muita energia, paciência e seus sonhos..., além de algumas tarrafas, cada qual para um tipo específico de peixe, e nesse rio havia um número infinito de filos: branco, dourado, sarado, voador, vaca, aranha, diabo, disfarçado, lua, pedra, enganador, narciso, frio, falso, perna de moça, traíra, gancho, espada, anjo, beijador, ferrão, borboleta, seco, briga, treme-treme e cadela, eram os peixes mais comuns.....!
Com equilíbrio, determinação, remava com as mãos calejadas àquelas águas de seu rio companheiro, o pescador jogava suas tarrafas em diversas direções, várias profundidades num sincronismo perfeito e lógico.
A espera vem...., e ele espera...., o dia passa...... e ele espera, a noite chega.... e ele espera....., enquanto espera pacientemente, observa e apanha aos peixes, descartando os: cadela, falso, disfarçado, frio, vaca, enganador, traíra, briga e diabo, por terem muitos "espinhos", pouca carne e por virem de águas estagnadas, sendo insuportável o seu odor.
Rimarquesz
(o nosso peixe de cada dia) |