João saiu pra beber,
com a turma papear.
Depois da cara encher,
com tesão, quis fornicar.
Sendo esposo fiel,
foi direto pro seu lar.
Lá, encontrou Isabel
num eterno dormitar.
Ela, de boca aberta,
roncava como motor.
Remédio pra hora certa
inventou o seu amor.
Pegou duas aspirinas
e de leve ministrou
as pílulas pequeninas,
boca da noite, sem dor.
Ela ficou engasgada
e, por isso, acordou.
Já ficando irritada,
ao esposo perguntou:
__O que foi que engoli?
Meditou a Isabel:
De tanto dormir nem vi,
e nem tem gosto de mel...
__Foram duas aspirinas,
esfarelei-as ali.
São aquelas, das meninas.
Outra coisa eu não vi.
__Minha cabeça não dói,
nem estou com mal-estar...
e você vem de herói,
querendo me medicar?...
E o João lhe respondeu:
__ Algum bem isso fará,
e era tudo que eu
só queria escutar.
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Negão, Mané e Dora
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