Depois de descrever a trajetória da infância, adolescência, juventude e idade adulta, tentei mostrar o que aprendi na escola da vida, mas nem tudo consegui dizer com minhas próprias palavras. Então busquei sabedoria nas Sagradas Escrituras, para passar ensinamentos que minhas pobres palavras não eram capazes de expressar. Abusei de “Minutos de Sabedoria” (Pastorino), a fim de ensinar, incentivar e dar conselhos, principalmente à mulher, mostrando que ela é o baluarte da família, capaz de ser feliz e realizar-se na vida afetiva e profissional. Enfrentar os desafios da vida com coragem, audácia e determinação. Exercer seus direitos, condição essencial do cidadão, e jogar fora velhos preconceitos de que a mulher é sexo frágil ou até mesmo incapaz.
Se bem educada e boa profissional, a mulher tem capacidade de competir em igualdade de condição com qualquer outro ser humano do mesmo nível cultural e educativo, independente do sexo, cor ou credo. Em muitos casos, sem a preciosa assistência do pai biológico, ela consegue, com a ajuda do Pai Celestial, criar os filhos, educar, formar cidadãos de bom caráter, de personalidade bem formada, ajustados ao meio social em que vivem. Com heroísmo de mulher-mãe, honestamente cobre os filhos com um manto de amor, proteção e responsabilidade na função de pai e de mãe. Entretanto, em momento algum quis aconselhar alguém a se isolar como uma ilha, ou ficar solteiro; quem fez opção pelo matrimônio, viva a dois como se fosse uma só carne, construa um lar em que reine o amor e a paz. Nunca abandone os filhos ao relento, mesmo que esses não tenham sido previamente programados ou desejados, tenham ou não figurado em seus planos, sejam normais ou deficientes, porque “Deus se serve muitas vezes de serzinhos indefesos ou até mesmo inteiramente dependentes de nossos cuidados, para que através deles manifestemos o amor ao Criador” (Pastorino). Minha doutrina consiste em afirmar: a melhor forma de amar a Deus é amar as criaturas por Ele amadas, por isso, não despreze uma criança e tenha carinho pelos idosos. Somos todos filhos de Deus, contados e registrados no livro da vida, “até os cabelos de nossa cabeça estão contados” (Luc. 12,7). Portanto, não tenha nenhum receio de acolher a vida nova que pede abrigo, pois é doloroso saber que “nem sempre que pede licença pra entrar no mundo, a vida encontra acolhida incondicional” (Schmitt).
Tive o cuidado de apresentar Saga dos Marianos e sua árvore genealógica, com enfoque na descendência de meu pai Antônio Benedito e minha mãe Antônia Josefa, da qual sou apenas um tenro galho. Selecionei apenas alguns episódios para mostrar a história, vida e ascensão de uma família humilde que com luta e sacrifício conseguiu encurtar a distância entre o sonho e a realidade, entre o imaginário e o concreto atingível, e isso me leva a afirmar que quem luta por um objetivo pode conquistar seu espaço e escrever sua própria história.
“Talvez não tenhamos conseguido fazer o melhor, mas lutamos para que o melhor fosse feito... Não somos o que deveríamos ser, não somos o que iremos ser, mas, graças a Deus, não somos o que éramos” (Martin Luther King).
LIMA,Adalberto;SOUSA,Neomísia.Saga dos Marianos |
