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Artigos-->A COVA PODE ESPERAR. -- 09/07/2008 - 17:04 (Ana Zélia da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:131420478304676400
A COVA PODE ESPERAR.


Ana Zélia





Nós não. O tempo urge.


A Ciência, a Tecnologia avança, prolongando nossas vidas.


O número de idosos é alarmante, a vulnerabilidade aumenta.


Perde-se a força, agilidade natural dos jovens.


Em forma de poema, num concurso com uma abrangência do tamanho do Brasil.





_ Por favor! Um tempinho aos velhinhos que utilizando este espaço


possam pedir clemência às autoridades, governantes, serviço social...


A violência nos amedronta, somos visados pela fragilidade,


pelos parcos proventos depois de anos e anos de trabalho.


Pior é quando começa em nossos lares, com os filhos já crescidos,


casados, mas que continuam agregados como ervas daninhas.


Obrigando-nos a lhes dar o cartão do banco, letras e senhas,


para que possam nos saquear, fazer empréstimos que não precisam do aval do titular.


Ameaças de nos atirar nos asilos da vida, sem casa, leito e comida.





A cova pode esperar! Nós não!


É hora de lutarmos por liberdades, direito de ir e vir,


manter o que conquistamos com trabalho durante longos anos.


Concursos, horas perdidas, lares desfeitos, vidas destruídas,


filhos não planejados...





Valhei-nos S.Judas (O santo das causas perdidas).


A cova pode esperar, enquanto lutamos por mudanças,


destruindo o preconceito, deboches, piadinhas feitas por genros, noras,


compositores, cantores, gravadoras que estimulam estes “filhos de chocadeiras”,


que não precisam de ventres, nem de úteros...


Sem forças, passamos a incompetentes,


felizmente tivemos a felicidade de aprender a ler e escrever,

deixamos a cegueira de lado,


viramos soldados, armados de coragem, sem armas mortais, apenas palavras.


xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx





poema participante do Talentos da Maturidade-Banco Real/2007


Nota da autora- A cova pode esperar, nós não. É o resumo direto do real


da vida, seres após os setenta com Alzheimer, filhos se dando o direito


de destruir famílias, alguns obrigados pela Justiça tem sobre sua guarda


assim proíbem que irmãos de seus pais fiquem longe para não os importunarem.


Podem até acelerar a morte destes pelo bem que possuem.


Ai deles quando chegarem a esta idade, serão amaldiçoados pelo mundo.


Manaus, 12 de abril de 2016.


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