Deixei cair no quarto mistério glorioso... enfim, já estava quase adormecendo e lá ficou ele no chão. Intocável até a manhã seguinte. Durante a noite, tive a certeza de estar sofrendo as bem-aventuradas dores com a cruz nas costas em direção ao meu santo sepulcro. Acordei assustado e procurei o terço, mas o sono era mais forte e retornei à dormir. Amanheceu e perdi a hora do Ângelus. Nada mais podia ser feito a não ser, tocar o dia adiante na praça da Matriz onde provavelmente eu teria a visita dos pássaros que reinavam na árvore principal. Era uma verdadeira cantoria sem os batuques que vinham do Candomblé. Senti falta do sincretismo que irmanava as pessoas. De um lado, o terço que continuava em meu quarto, ao chão. Do outro, os banhos de alfazema na escadaria da igreja, mas os pássaros reinavam, assim como a frondosa árvore a dar-me abrigo ao pecado de não ter o terço às mãos.