Quem dera saber onde iria dar todos caminhos que percorri. Quem dera sentir o vento no rosto a trazer-me a brisa sútil do mar aos pés banhar-me. Quem dera costurar todos os cortes superficiais sem necessitar o auxílio em vão da saúde pública. Quem dera conceber todas as estratégias e passar incólume pelos inimigos. Quem dera não precisar dos ruídos necessários para não enfrentar a mim. Não sei se suportaria tanta autossuficiência, como também não sei se viveria em paz com a sabedoria de um monge tão distante da realidade. Não sei se sufocaria o devaneio insalubre que guerrearia frente ao concreto das instituições que alimentam a fé do Deus dará. Ou talvez Ele daria, não sei todas as respostas que questiono dia a dia, e que até hoje ninguém nem Ele responde. Não sei se alguém estaria disposto a questionar as mesmas perguntas fazendo-me de mim solidário. Não sei por quanto tempo suportaria tantas ausências de respostas daquilo que não sei e que não pretendo saber. Não sei se com elas em mente, continuaria quem dera ao Deus dará ou daria. Não saber na sapiência seria talvez a atitude mais sensata em tanta insensatez. Não sei ou quem dera saber conhecer os segredos mais mais vulneráveis sem o uso da sapiência que ausente permitiria uma eterna inocência.