Não quero aborrecer o amigo médium,
Mas devo prosseguir no meu esforço,
Fazendo, na poesia, um leve escorço
Que sirva p’ro leitor como remédio.
Assim, devo dizer que sigo o corso.
Usando o bom amigo p’ro intermédio
Que exige quem não quer dar-se ao assédio,
Pois cansa aqui ficar sobre o seu dorso.
Por isso, eu vou ditando bem seguro,
Enquanto você bate em suas teclas.
Se não se atrapalhar, por Deus eu juro:
Nós vamos indo embora, pois é triste
Estarem cá presentes meus asseclas,
Inúteis para a rima, dedo em riste.
|