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Artigos-->1º Hospital de Base de Brasília (HBB) * -- 10/08/2008 - 21:17 (Benedito Pereira da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
1º Hospital de Base de Brasília (HBB) *











ADESG –DELEGACIA REGIONAL DE BRASÍLIA, XIX CEPE, 1990.







CICLO DE ESTUDOS DE POLÍTICA E ESTRATÉGIA







ESTAGIÁRIO: BENEDITO PEREIRA DA COSTA







CARGO: CONTADOR







TRABALHO GLOBAL: A SAÚDE PÚBLICA COMO PRIORIDADE DE GOVERNO







TRABALHO INDIVIDUAL (SUBSÍDIOS AO GRUPD PARA ELABORAR O TRABALHO GLOBAL): 1º HOSPITAL DE BASE DE BRASÍLIA







ADESG-DELEGACIA REGIONAL DE BRASÍLIA, XIX CEPE, 1990.







CICLO DE ESTUDOS DE POLÍTICA E ESTRATÉGIA







TRABALHO INDIVIDUAL QUE DEVERÁ SERVIR DE SUBSÍDIOS AO TRABALHO GLOBAL DO GRUPO







1. TEMA: 1º Hospital de Base de Brasília (HBB)



1.1. PRAZO DE ENTREGA: 13/08/90 (2ª feira, às 20 horas).







2. NÚMERO DO GRUPO: 03







3. COMPONENTES DO GRUPO:







Elza



Ana Helena



Benedito



Ana Cunha



Djalma



Rocha



Humberto



Brito



Macedo



Wagner











4. Na divisão do trabalho, coube-me a incumbência de relatar sobre o 1º Hospital de Base de Brasília (HBB).







4.1. Esse relato tem o objetivo de ser individual e, também, de servir de subsídios ao trabalho total do grupo.







5. MOMENTO VIVIDO PELO 1º HBB:







5.1. Conforme noticiou a imprensa, a paralisação dos serviços ambulatoriais de unidades de saúde da Fundação Hospitalar sobrecarregou o atendimento de emergência dos hospitais.







5.2. Essa greve, de funcionários de nível médio, afetou principalmente os serviços burocráticos e de apoio assistência dos hospitais e centros de saúde, inviabilizando consultas médicas e realização de exames de laboratórios.







5.2.1. Em tudo isso parece residir grande paradoxo: empregados que recebem (pouco ou mal, não me cabe julgar), transmitem a impressão de estar sempre em greve, greve contra o Governo, contra o salário, contra a sociedade, contra tudo!







5.2.2. Fazer consultas e realizar exames laboratoriais em condições de "regularidade" dos serviços já não é fácil; imaginem como isso se multiplica caso haja bloqueio pleno dessas atividades.







5.3. Os prontos-socorros trabalham com extrema precariedade e assoberbados pelo acúmulo de pacientes que os procuram em busca de algum alívio.







5.3.1. A falta de atendimento nos centros de saúde e no ambulatório do hospital reflete-se no serviço de emergência, que, por ser essencial, não pára; acrescento, ainda, que a ausência de atendimento rotineiro aumenta as internações.







5.3.2. Muitas pessoas dirigem-se ao pronto-socorro por não conseguir marcar consultas em outras unidades e pela "rapidez" do atendimento.







5.4. O centro cirúrgico do 1º HBB, que parou no primeiro dia de greve, foi reativado para realização de cirurgias inadiáveis e cirurgias de risco, como no caso de aneurismas.







5.5. Muito embora tenha feito várias tentativas para avistar-me com o relações públicas do 1º HBB, não foi possível o desejado encontro.







5.5.1. Na falta de dados maiores, que poderia obter não fosse o referido estado em que se encontrava aquele hospital, passo a descrever o que observei, in loco, deixando a impressão do que vi e registrei.







6. Antes, porém, desejo mencionar que muito interesse despeitou-me a palestra do Excelentíssimo Senhor Secretário de Saúde a respeito de "SAÚDE PÚBLICA: atendimento médico-hospitalar, deficiências e providências para saná-las", proferida no dia



04/07/90, no auditório da ADESG (Centro de Treinamento do Banco Central do Brasil)







7. Há cerca de trinta anos conheço o 10º HBB, cujo nome inicial foi Hospital Distrital de Brasília, e não me recordo, salvo erro ou omissão, de tê-lo visitado e não o encontrar em reformas.







7.1. Suponho, então, que essas são infindáveis e sem grande melhoria para a sociedade. Com a palavra, os engenheiros responsáveis pelo projeto, que não atendeu aos anseios de tantos quantos nele confiaram.







8. Registro que existem especialistas corretos e abnegados que exercem suas atividades no 1º HBB com entusiasmo e determinação, muitos dos quais com doutorado no exterior.







8.1. Alguns conheço pessoalmente; todavia, para não ser injusto com os demais, deixo de citar-lhes os nomes, reconhecendo o mérito inquestionável que possuem.







8.2. Para não me alongar muito, menciono que presenciei médicos, num objetivo altruísta, realizarem atividades quase impossíveis.







9. Entretanto, cumpre-me tentar transmitir o quadro negativo que pude observar no 1º HBB.







9.1. Antes, desejo consignar que resido nesta cidade desde 1956 e o meu maior sonho é vê-la consolidada, tranqüila e feliz.







9.1.1. Só a título de lembrança - que julgo permitir a oportunidade - o Hospital da Asa Norte (HRAN), que teve sua construção iniciada e não concluída por um governador do Distrito Federal, permaneceu anos sem nenhuma providência para ser entregue à sociedade que dele tanto precisa.







9.1.2. Serviu, por muito tempo, de abrigo de marginais, encontros clandestinos e inutilidades cuja descrição entendo não comportar aqui.







9.2. Só mais tarde, graças a interferência de nobre político (de quem gozo a amizade) pôde ser reiniciado, concluído e posto à disposição do povo.







9.2.1. Hoje, serviços relevantes são prestados, e o retorno do investimento está garantido.







10. Quanto a materiais e instrumentos, não me alongarei descrevendo o que os usuários já conhecem pela divulgação do rádio, da TV, dos jornais e das revistas.







10.1. Fala-se em modernização, e eu pergunto: por que ela não chega ao 1º HBB?







10.2. Lembro-me de um aparelho de tomografia - equipamento útil e extremamente necessário que o 1º HBB nunca tinha possuído - haver ficado dentro de caixotes, nos corredores, de 1985 a 1987; razão ignorada.







10.2.1. Esse equipamento só foi adquirido depois da imprensa divulgar abertamente sua necessidade e implorar aos administradores que o providenciassem.







10.2.2. Após inevitável postergação e longo processo, adquiriram-no: só que ele é de péssima geração, não atende ao que os beneficiários precisam e mais se assemelha a um aparelho de raio-x sem grandes recursos.







10.3. Roupas de cama e demais similares causam revolta: nem é fundamental reprisar.







10.4. Medicamentos, não há; se os encontramos, são vencidos e obsoletos.







10.5. Higiene, falar nisto é otimismo esplêndido: os doentes que o digam.







10.6. Refeições, precárias, diminuídas e sem o mínimo de balanceamento.







10.7. Atendimento, horrível, desumano e caso de polícia que precisa urgentemente ser orientada por médicos.







10.8. Cirurgias, considero-me dispensado do comentário porque a imprensa tem transmitido à população como ocorrem.







10.9. Internações, poucos leitos para muitos enfermos e gravidade alastrando-se.







10.10. Infecção hospitalar, ameaça a todo o instante em face das condições deploráveis com que os especialistas trabalham.







10 .11 . Recursos econômicos, supõe-se que há; o que imagino é que são mal aplicados.







10.11.1. Fazer as coisas quando há abundância, é o lógico; o mérito está é em construir algo dentro da escassez.











10.11.2. O velho discurso: "faltam condições materiais, não há condições financeiras, não temos orçamento" me enerva, desanima e causa repulsa.







10.12. Prontos-socorros, lugares indesejáveis, imundos, com cenas traumatizantes.







10 .13. Corredores, sujos, mal cuidados, cheios de enfermos em camas, em cadeiras, no chão, gemendo e clamando por alento.







10.14. Empregados, ressalvadas raras exceções, são estúpidos, desumanos e despreparados para lidar com o povo carente de saúde, de respeito e de carinho.







11. Sugestões:







11 .1. Substituir os ociosos e incompetentes.







11.2. Treinar o pessoal.







11.3. Providenciar aposentadoria para quem possui tempo e não deseja trabalhar direito.







11.4. Exigir, rigorosamente, o cumprimento do horário para o qual o empregado assina contrato e é pago.







11.5. Controlar, com energia, toda a entrada e toda a saída de material.







11.6. Adquirir medicamentos necessários e com data de vencimento a maior possível.







11.7. Exigir que todo o empregado do 1º HBB seja fiel ao Governo, à sua Direção e, também, aos beneficiários, que são uns pobres desprezados e maltratados.







11.8. Pleitear, com parcimônia, recursos econômicos, saber utilizá-los e prestar conta (no prazo devido) de tudo o que receber.







11.9. Responsabilizar, com justiça, todos os infratores que concorrerem para o mau funcionamento do 1º HBB.







11.10. Comprar equipamentos mais modernos e alienar os antigos e ultrapassados.







12. Conclusão.







12.1. Há solução para o 1º HBB? sim, há; desde que haja:







a) trabalho sério



b) honestidade



c) determinação



d) boa vontade



e) paciência



f) perseverança



g) racionalidade



h) firmeza de propósito



i) recursos



j) atendimento de todos os subitens propostos no item 11.











12.2. Resumindo: apenas duas coisas resolveriam o problema do 1º HBB:







a) trabalho



b) seriedade







13. Essas são as minhas observações.











Brasília, DF, 13 de agosto de 1990.







BENEDITO PEREIRA DA C05TA



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