Clique ali==>>Depois do tal Fome Zero; Xuxa e a cerca de arame
Agüenta, guenta meu povo
a coisa desagradável,
galinha que não põe ovo
fica até mais notável.
Povo-galinha engole
sapo, de toda maneira,
seja de gesso ou mole,
grudado na geladeira.
Sapo de sofá não coaxa!
Se de pano ou barbudo,
sobre guerra ou um racha
é melhor ficar bem mudo.
A guiar um sapo bom,
até príncipe fazê-lo,
povo vota num só tom
e o apóia com zelo.
Perereca não persiga,
tupiniquim ela é.
E jamais faça intriga
com a do sapo de fé.
É da galinografia
que vem recomendação
pra comer sapo ou jia,
sem fazer reclamação.
Pro fome-zero vingar,
bom esperar o verão.
É quando vem o içá
pra fazer sapo gordão.
E é tempo de noel.
Décimo-terceiro vem,
parece cair do céu
pra fazer belém-belém.
No outono dólar baixa ,
isso já é tradição.
Mas aposto que seu caixa
não dá pra aquisição.
Povo com dólar no bolso
é a pura ilusão.
Logo vem o reeembolso,
através de decretão.
Engole devagar, gente,
sem ter precipitação.
o sapo é coerente,
não mija em cidadão.
Aqui, dentro do Usina,
tem um sapo português,
engoli-lo é a sina
de quem é economês.
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