O Marxismo e a Teologia da Libertação
Publicado em 11 de abril de 2011
Por Pedro Ravazzano
O marxismo conquistou um grande número de seguidores dentro da Igreja. Esse posicionamento ideológico, além de contrariar os ensinamentos do Magistério, gerou um forte braço da esquerda, principalmente na América Latina. A Teologia da Libertação, nascida do encontro de heresias teológicas europeias com a metodologia comunista no Novo Mundo, frutificou, tornando-se uma grande arma do socialismo mundial.
A Igreja já havia dito que “Socialismo religioso, socialismo cristão, são termos contraditórios: ninguém pode ao mesmo tempo ser bom católico e socialista verdadeiro” [1], mas isso não impediu que religiosos em rebeldia plena ao Magistério afirmassem que “o Reino de Deus é concretamente o socialismo” [2]. Genésio Boff disse, ao Jornal do Brasil, que o proposto pelos seus “não é Teologia dentro do marxismo, mas marxismo (materialismo histórico) dentro da Teologia”.
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A TL foi sendo assim minada, sua influência reduzida, entretanto, ainda se faz presente, se esforçando para sobreviver em meio ao renascimento católico. Interessante é que essa sua tentativa de manutenção a levou a se aproximar de setores da RCC, que no passado era alvo constante de críticas e acusações por parte da alta cúpula da TL. Ela cavou a própria cova quando afastou a piedade e religiosidade dos fiéis, com isso as suas fontes de vocações secaram. Em contrapartida, os novos movimentos, aversos a essa metodologia dialética e herética, passaram a ter seus seminários e noviciados apinhados de jovens, derrubando de imediato a falaciosa crise de vocações, tão divulgada pela mídia catolicofóbica. Dessa forma, uma nova geração de religiosos foi sendo formada, com fidelidade ao Magistério e ortodoxa no seguimento da doutrina. Serão os futuros padres, freis, monges, Bispos, aqueles que irão execrar por um todo a Teologia da Libertação da Igreja, e coloca-la no seu devido lugar, nos livros de história, como uma heresia ao lado de tantas outras.
Notas
[1] Quadragesimo Anno, nº 117 a 120
[2] BOFF, L. e BOFF, Cl. Da Libertação, p. 96
[3] HAYEK, F. A. O Caminho da Servidão, 1994, p. 48
[4] HAYEK, F. A. O Caminho da Servidão, 1994, p. 53
[5] CHAMBERLIN, W. H. A False Utopia, 1937, p. 202-3
[6] THOMAS, Hugh. A Guerra Civil Espanhola Vol. 2, 1964.
[7] Che Guevara, na Assembléia Geral da ONU em 11 de dezembro de 1964
[8] Che Guevara em carta familiar
[9] Frei Betto, A Questão do Aborto
Prof. Felipe Aquino
assessoria@cleofas.com.br
O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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