Perdão, Senhor, te peço neste verso,
Por ter tanto brincado na poesia,
Mas juro que melhor jamais faria,
Porque em minh’alma tudo é tão perverso...
Um sentimento simples vai disperso
No texto incongruente p’ra harmonia:
É o meu desejo forte, todavia,
De compreender as leis deste universo.
Mas, como não me esforço plenamente,
Me exponho a aqui sofrer esta vergonha
E penso: — “Oh! Meu Deus, como é que sente
Aquele que me lê e já não sonha
Em ser capaz de orar, em trova ausente,
Tão fraca esta emoção, ruim, bisonha?...”
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