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Artigos-->MUITO MAIS QUE UM TÍTULO MUNDIAL / Dr. Aluísio H. Sanches -- 08/06/2009 - 10:07 (Professor Marcelo Guido Noronha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MUITO MAIS QUE UM TÍTULO MUNDIAL / Dr. Aluísio Hector Sanches





15/03/2000

– O DIA QUE A PERSEVERANÇA VENCEU!













“Não tem boca em 2000, o campeão do mundo agora é do Brasil!”: Essa frase gritada de forma ensandecida pelo público presente na arena da final do Campeonato Mundial Cultural promovido por minha fundação era o reflexo da competição mais marcante que eu presenciei.



Este mundial nascera de fato ainda em 1999 quando meus diretores tiveram a feliz idéia de promover uma competição que fosse a nível mundial e que contasse com os melhores de modo a ocorrer um torneio inédito, repleto de pompa e que fosse a "coqueluche", o sonho máximo na carreira de qualquer um dos ditos Lírios de Madrid.



Dois representantes europeus (o polonês Illie Hoyev e o britânico Bryan Birmmigham), um asiático (o japonês Akika Okada), uma africana (a moçambiquenha Dominique Specth) e quatro americanos (os brasileiros Marcelo Guido, Alfredo Kottach e Mikka Hans e o canadense Gary Olsen) conseguiram suas vagas. Em Salvador (Bahia) nos dias 14 e 15 de março deu-se o início à disputa em que a taça seria daquele que mais tivesse centrado em ser o número 1.



A certeza que a maioria tinha era de que o título seria polonês. Illie era frio o suficiente para vencer e sem muitas delongas abatar um a um seus adversários. Todos de certo acreditaram nisso e até ele mesmo. Talvez o grande erro de um guerreiro seja de menosprezar adversários. Illie e mais cinco adversários chegaram a Salvador já durante o carnaval de 2000, no princípio de março, e aproveitaram toda a festança mágica... Afinal depois da quarta-feira de cinzas ainda sobrariam 7 dias pra voltar o foco... Planejamento mais pretensioso e sem propósitos não poderia haver... E a final da competição provaria isso... E como!



Entre os batuques do Olodum e as belíssimas baianas e turistas 6 gênios deixaram de focar 100% suas mentes e corações em dois brasileiros tão iguais e tão distintos que a história certamente não vai se esquecer: Marcelo Guido - o vibrante e apaixonado poeta de Camanducaia/MG e Mikka Hans – o chamado homem de gelo de Santana do Livramento/RS, focado e nada sentimental (será?)... Ambos adotaram uma estratégia diferente, mas bem sucedida. Guido foi para um Retiro de Carnaval e Mikka Hans ficou em um mosteiro... Ambos só viajaram no dia 13 de março e fugiram da badalação...



No Grupo A, Mikka venceu Akira e Gary (duplo 4 x 2) e empatou heroicamente com Doninique (5 x 5). Nas quartas-de-final, eliminou seu conterrâneo gaúcho Alfredo (5 x 5) e na semifinal tirou a quase garantida vaga de Bryan numa das batalhas mais espetaculares daquele mundial (4 x 4).



No Grupo B, Guido (então campeão brasileiro de 98 e campeão da copa das nações de língua portuguesa e da Copa Mercosul de 99) venceu o também brasileiro Alfredo (5 x 4), Bryan (4 x 3) e Illie (4 x 3) naquela que muitos davam como uma dos possíveis confrontos de final. Nas quartas-de-final, eliminou Akira (5 x 3) e na semifinal novo confronto contra o favoritíssimo Illie e novo sucesso camanducainse (5 x 3)... A final seria brasuca e envolvendo dois competidores sagrados e totalmente equivalentes... Uma duelo dos sonhos...



Mais emocionante do que o respeito que sempre houve entre Guido e Mikka, certamente é a amizade de ambos... Tão diferentes e tão iguais. Hoje acho até que um completou o outro e que Guido cedeu alegria ao Mikka e este repassou o sangue frio ao Guido...



Ambos saíram do hotel na mesma van. Adentraram o ginásio carregando juntos a bandeira nacional e se abraçaram desejando sorte... Claro que cada um almejou a si a vitória e deram seu máximo. Foi um duelo de titãs... Mas com tanta ética e cordialidade que o confronto – o mais longo dos dois mundiais oficiais com chancela "CCLM" realizados – ficou pra sempre nas memórias dos presentes.



Um empate de 5 x 5 deu o título a Marcelo Guido, seu primeiro... Cinco anos depois, nova taça... E sua despedida...



2000... É... “Não tinha boca mesmo”... Guido era fabuloso, amigo, perseverante e sempre passando por cima de suas mazelas pra ajudar a todos e pra reinar como o melhor entre os melhores... Aquele mundial foi inesquecível... A competição de amigos... Onde a técnica e o respeito foram mais que o talento mero... Mas isso não significa que naquele ano o talento passou longe das arenas do CCLM... Absolutamente...

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