Usina de Letras
Usina de Letras
114 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62164 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22530)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50574)

Humor (20027)

Infantil (5423)

Infanto Juvenil (4753)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Infantil-->AS DUAS PANELAS -- 12/05/2013 - 13:03 (MARIA HILDA DE J. ALÃO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

AS DUAS PANELAS



Cansada de viver sobre o fogo cozinhando sem parar, uma panela de ferro propôs a uma de barro que fugisse daquela casa. A panela de barro desculpou-se dizendo:

- Acho mais sábio ficarmos por aqui.

- Não seja boba! Nesse caso continuaremos a ser exploradas e queimadas todos os dias de nossas vidas. – assegurou a panela de ferro que continuava a tentar a de barro para acompanhá-la na arriscada aventura.

- Imagine nós duas em outro lugar, outra casa, onde seríamos tratadas com delicadeza, viveríamos em uma prateleira limpa de um armário envidraçado, sem fogo, cinzas e colheres violentas dentro de nós. Imagine, imagine! – insistia a panela de ferro.

Pensando em sua fragilidade e nos perigos da viagem a panela de barro disse:

- Amiga, você tem a pele dura. Pobre de mim! Como poderei aguentar mudança tão brusca se a minha pele é tão frágil?

- Não se preocupe! Eu a protegerei durante a viagem.

Convencida pela panela de ferro, a panela de barro concordou com a fuga.

Antes do amanhecer as duas entraram na carroça do dono da casa, que todas as manhãs levava o leite fresquinho para a cidade vizinha. Acomodada entre um barril e a panela de ferro, a de barro estava confortável. E começou a viagem pela estrada esburacada. A carroça corria. Era solavanco aqui, solavanco ali até que o barril perdeu o equilíbrio rolando para fora da carroça e junto foram as duas panelas. A de barro virou um monte de cacos, a de ferro sofreu grandes arranhões. Depois de alguns minutos e com a carroça já bem distante, a panela de ferro chamou pela de barro:

- Amiga, você está bem?

- Não! Sou apenas um montão de cacos. Eu te falei da fragilidade da minha pele. Eu preferia estar naquele fogão cozinhando, cozinhando sem parar, porém inteira. Quem deixa o certo pelo duvidoso sofre as consequências.

Abandonada na estrada, foi assim que terminou a triste aventura da panela de ferro que não queria mais cozinhar.

12/05/13



(Maria Hilda de J. Alão)

(histórias que contava para o meu neto)

https://hildaalao.blogspot.com



 


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Perfil do AutorSeguidores: 24Exibido 434 vezesFale com o autor