A Desvalorização dos Servidores Públicos Estaduais
Em uma cidade grande como Salvador é tudo muito concorrido, onde tem qualquer evento aparece do nada um monte de pessoas, se não fosse pelas características a gente podia pensar que esse inchaço populacional seria na China.
Com toda essa problemática, o sofrimento do soteropolitano aumenta a cada dia, transportes, saúde, educação, saneamento, violência e tudo que a gente possa depender dos governantes.
O tempo passa, as expectativas aumentam, as eleições vão e vêm, as promessas de campanha também, as dificuldades aumentam, o salário do servidor diminui o poder de compra; esse é o ponto nevrálgico para a deflagração de uma paralisação e até para uma greve.
A Bahia é um Estado grande, as despesas com os servidores também têm que ser grande, a saúde, educação e a polícia é o tripé para o bom funcionamento de uma sociedade, se uma delas não vai bem - nesse caso são todas - a tendência é a violência aumentar, pois nem todos têm consciência e amor no coração para reivindicar os seus direitos anos a fio sem partir para a violência.
A pessoa que tem seus direitos cerceados pela falta de oportunidade muitas vezes volta-se contra a sociedade tornando-se à margem da lei, imagine só quando o último “braço” do Estado falha, como está acontecendo com a baixa remuneração dos policiais. O caos se instala em todos os cantos, onde as pessoas já “normalmente” assustadas com tanta violência, passam a um estado de pânico somente com a expectativa de greve dos policiais.
Todo esse drama não aconteceria primeiramente se a principal instituição, a família, não estivesse totalmente invertida em seus valores, onde os valorosos juízes têm que baixar uma lei somente para que os menores fiquem em casa ao final da noite, constatando a falta de autoridade dos pais, mas como temos que viver com essa problemática, é imperativo que os servidores públicos sejam reconhecidos em seus trabalhos e não existe melhor forma de reconhecimento do que uma boa remuneração.
Marcelo de Oliveira Souza
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