Todo enfiado!
O grande comentário surgido na semana foi a exibição de “um show” de um pseudo-grupo chamado “o troco”, onde uma mulher que intitularam como professora requebrou, ao passo que o “esperto “ “cantor” grunia tons musicais vociferando a frase “ todo enfiado!” levantando a saia da mulher e mostrando o que estava todo enfiado nas nádegas.
A imprensa alardeou, os frequentadores do sofrido evento aproveitaram para filmar, onde a gravação deve ter sida enfiada no “youtube” e ganhado o mundo.
Não é de hoje que a música baiana começou com esses traços apelativos, que nem sabemos onde se enquadra o ritmo, se é pagode ou uma outra sem vergonhice qualquer, independente disso, foi assim que as garotas do Tchan começaram, a tal de Leocrete, que entre os remeleixos e frescuras, conseguiu até galgar as cadeiras da vereança soteropolitana.
Asssim com a criação de bandas apelativas, que não possuem letras nenhumas, somente repetição de frases pornográficas, domina a cabeça da maior parte da sociedade, ao passo que as sublimes músicas de grandes cantores, que a Bahia tem, fica para o “escanteio”, Fazendo sucesso lá fora, comprovando definitivamente que a cultura está empobrecendo, a educação claudica a duras penas e o povo fica dando prestígio a coisas desse tipo, gritando: Todo enfiado, todo enfiado... na miséria, desinformação, violência e tudo de ruim que possa enfiar em uma cabeça vazia.
Marcelo de Oliveira Souza
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