Vamos trabalhar com gosto,
Para honra do bom posto
Desta “Escolinha” querida,
Co alegria permanente,
A dar entusiasmo à gente,
Para enfrentar sua vida.
Fique bem atento o médium,
Favorecendo este assédio
Dos seus amigos do etéreo,
Pois os temas que trazemos
Vão levar aos bens supremos
Escondidos no mistério.
Vamos falar das virtudes,
A exigir das atitudes
Que se respeite a moral,
Não aquela dos carolas,
Nem, ao menos, das escolas,
Mas do todo universal.
Deus criou nossa existência
E demarcou a freqüência
Desta essência da matéria.
Instemos por respeitá-la,
Pois, do contrário, se abala
Quem vir nela só miséria.
Essa é a maior das virtudes:
Respeitar as concretudes
De criação tão sublime,
Vendo o Pai em todo o canto,
Sem se envolver nesse encanto,
Que materialismo é crime.
Ter amor a criatura
É a forma mais segura
De alcançar maior sucesso,
Primeiro ao bom Criador,
Depois ao irmão na dor,
Que é o caminho do progresso.
E, se alguém fizer-lhe mal,
Vai condená-lo ao Umbral
Ou amá-lo, mesmo assim?
Aí nos surge Jesus,
A pôr nesse ponto luz,
Pois amou até o fim.
Que fazer num caso desse,
Se triste crime ocorresse,
Com vingança, sangue e morte?
Vamos dar ao coração
A energia do perdão,
P ra que o círculo se corte.
Cada ser é bom amigo
A quem damos nosso abrigo,
Se carente desse auxílio,
Pois a ninguém se compreende
Que o desamor recomende
Despachar em triste exílio.
Outra virtude da alma
É estudar, em paz e calma,
Os pontos da sã Doutrina,
Para chegar à verdade,
Pois o sábio sempre há-de
Respeitar o que se ensina.
A obra kardeciana
É leitura que engalana
A mente dos bons mortais,
Mas é preciso cuidado:
Quem está despreparado
Pode atrapalhar-se mais.
Assim, o melhor recurso
É matricular-se em curso
Para ficar mais por dentro.
Isto é fácil de encontrar,
Que existe em todo lugar
Os serviços de um bom Centro.
As leituras e esse estudo
Desvendam o conteúdo
De muito tema específico.
Quem quiser se aprofundar
Tem de ir mais devagar,
Ao lhe dar cunho científico.
Nessa hora, é que a humildade
Tranca a porta da vaidade,
Que o saber não vale nada,
Sem que o ente sinta o gozo
De um trabalho generoso,
Que amor alheio arrecada.
Caro amigo, não se iluda
Com nossa pequena ajuda:
Há muito mais por fazer.
Ultrapasse os simples versos,
Esqueça que são perversos
E vá cumprir seu dever.
Agradeça a vida ao Pai,
Pois tal prece sempre atrai
As bênçãos do Onipotente.
Faça tudo com consciência,
Demonstre às leis obediência,
Seja bom e siga em frente.
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