Devia ser noite, talvez inverno
O som do vazio quebrando nas telhas.;
nenhuma esperança, saudade aquecida,
tua sombra enrustida vagava ao redor.
Um longo gemido, a voz sussurrante
pedindo por mais, amado e amante
um só desatino, corpos embriagados
à procura de mais, sonho sem fim.
Um tremor, vulcão adormecido
que num momento mágico,
jamais inominado
buscou abrigo, encontrou um estrado
frio, roto, abandonado
numa noite invernal.
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