Nos últimos meses tenho me dedicado a um velho projeto: ler ou assistir a filmes biográficos. As primeiras biografias que li foram as de Barack Obama, Joana D’Arc, Li Cunxin, Santos Dumont, Gengis Khan e Barão de Mauá.
Antes dessas leituras eu imaginava que só anciãos tinham biografia. Mas me surpreendeu bastante saber que alguns dos que já li ainda eram jovens quando fizeram histórias bonitas, corajosas, arrojadas, a ponto de alguém se debruçar sobre suas vidas e escrever suas biografias. Aos 47 anos Barack Obama assumiu a presidência dos Estados Unidos da América. Joana D’Arc (1412-1431) foi queimada viva aos 19 anos. O bailarino chinês Li Cunxin (1961-) escreveu sua biografia aos 47 anos. Aos 40 anos o Barão de Mauá (1813-1889) já era o industrial e o banqueiro mais rico do Brasil. E o jovem Jesus Cristo com apenas 33 anos de vida deixou-nos sua biografia. Certamente a mais conhecida, tanto que nem precisei ler porque desde pequeno ouço falar de suas proezas.
Cada biografia é como se eu estivesse com o protagonista. Mergulho em seu mundo e extraio o melhor de seus ensinamentos e tento aplicá-los ao meu pequeno universo. A cada biografia sinto uma vontade insaciável de ler outra e mais outra. Como simples mortal sinto-me privilegiado ao ler os feitos dos grandes nomes da história. Já que não posso realizar grandes feitos, leio os dos outros. Em cada leitura aprendo uma lição e tento trazê-la para a minha vida. Assim como alguns deles foram influenciados por outros sábios, eu também o sou, ao menos momentaneamente, influenciado pelas experiências desses grandes homens e mulheres.
Lendo as biografias descobri que não pretendo ser o mais rico, nem o mais corajoso, nem o mais perfeito, mas sim, o melhor pai, o melhor filho, o melhor amante, o melhor motorista e o melhor empregado. Contudo, o que as leituras das biografias me trazem é a certeza de que ainda há muito por fazer, para tornar o meu pequeno mundo num universo maravilhoso e fazer feliz todos os que me rodeiam.