IGNORÂNCIA
Sei, não fui objeto de desejo,
De despejo, de pejo, de elocubrações.
Fui, antes e somente,
Um espectro insolente
Invadindo locais perdidos, pura intrusão.
Quedo-me agora, sei,
Já é hora de partir.
Intrincados segredos, publicados
No degredo, fizeram-me sucumbir.
Vou, intento esta ordem inverter
Nada que ver, será especulação.
Credito ao tempo, ao espaço,
Ao passo largo, arrastado
E escasso,
A fuga dos ignorantes iguais.
Todos mortais!
Ignoto, ignato, ingrato???
É o imediato que se posterga
E depois, infame, disforme,
Informa que não se preocupem mais.
Faço dessa ambigüidade
Minha próxima sessão
De nostalgia...
Houve... um dia...
Ouvidos, poucos,
Porém não moucos
Que ficaram para o final!
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