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Cordel-->3. EXORTAÇÃO AOS MÉDIUNS -- 02/05/2003 - 08:47 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Não desanime, colega:
Quem tem medo sempre alega
Falta de capacidade.
Mas, no final do trabalho,
Ao revirar o borralho,
Haverá o que lhe agrade.

Tudo na vida é assim,
Com princípio, meio e fim,
Desenvolvimento prático.
No comecinho, há temores;
O meio nos causa dores;
O final é mais simpático.

Esta poesia de agora,
Dentro em breve, não demora,
Chegará ao seu final.
Enquanto isso, contudo,
Ao dispor o conteúdo,
Hesitação é normal.

É preciso concentrar-se,
Nesta espécie de catarse
Que exige a mediunidade.
Quem é muito responsável
Torna o tempo aproveitável
E nos serve com bondade.

Com bom método, se enseja
Uma lição benfazeja
Traduzida na mensagem.
Quem confia que o etéreo
Possa trabalhar bem sério
Jamais vai perder viagem.

Não se sentirá tentado
A pôr o livro de lado,
P ra começar a escrever,
Rascunhando uns pobres versos
Com ares falsos, perversos,
Mas que lhe darão prazer?

O começar é bem triste,
Mas só vence quem insiste
No aborrecer o perigo.
E, se depender do etéreo
(Vou dizer-lhe sem mistério),
Vai poder contar comigo.

Esse “-migo” aí de cima
Vem para efeito da rima,
Mas quer dizer todos nós,
Que estamos esperançados
De mandar aos encarnados
Os sons desta nossa voz.

Que pensará nosso irmão
Das noções que aqui se dão,
Para a formação do médium?
Acha tudo complicado
Ou assunta no recado
E não se assusta co assédio?

Acha a tal linguagem fútil,
Barata, insossa e inútil
Para os termos do evangelho?
Preferiria colher
Os exemplos do dever,
No firme sistema velho?

Qualquer médium tem proveito,
Pois quem trabalha no eito
Há de produzir bons frutos.
Basta espantar desde cedo
Aqueles monstros do medo
E crescer nos atributos.

Dependendo do seu jeito,
Um bom treinamento é feito
Para formar seu caráter.
O princípio da Doutrina
É semeado e germina,
P ra dar a “celula mater”.

Acompanhamos de perto,
Pois queremos ver dar certo
O trabalho planejado.
Nada mais desagradável
Que um desejo incontrolável,
Num bom projeto frustrado.

— “Haja em tudo disciplina!” —,
A sabedoria ensina
Aos alunos e aos mentores.
Quem lê, porém, a poesia
E não gosta da harmonia
Não percebeu nossas dores.

Preste, pois, toda a atenção,
Para que não diga “não”,
Diante do testemunho.
Deixe a mente bem aberta,
Ponha o coração alerta
E facilite o seu punho.

Mas, antes de começar,
Concentre-se devagar,
Recitando as orações,
Após ter lido um trechinho,
Com prazer e com carinho,
Dum livro de exortações.

É que a moral é importante.
É ela quem nos garante
A boa intermediação.
Com orgulho e com vaidade,
Somente se persuade
Quem tem igual vibração.

Durante o trabalho intenso,
Não vá pensar: — “Eu só venço
Com espíritos de luz.”
Muito médium se perdeu,
Transformando-se em ateu,
Por não lograr ter Jesus.

Em simples versos ou prosa,
Co algum talento, se glosa
Os ensinos superiores.
Havendo um pouco de ardor,
É possível de compor
Uma página de amores.

Os gênios não vão gostar,
Pois há frutos no pomar
Saborosos e maduros.
Os nossos são verdolengos,
Mas quem promove os tais dengos
É sinal que já são puros.

Não vão precisar de nós,
Pois seria triste e atroz
Que os bons voltassem p ra trás.
O mais certo, então, seria
Que deixassem esta poesia
P ra quem não é tão capaz.

Seria, assim, de proveito
Até trabalho imperfeito
Como este que fazemos.
Se o barco vai devagar,
Nem por isso vem provar
Que não suamos nos remos.

Seja, pois, condescendente
E aplauda mais fortemente
Quem lhes dá tudo o que pode.
Com o tempo, os exercícios
Vão eliminando os vícios:
Assim Jesus nos acode.

Nesta última demanda,
Não lhe parece que a banda
Estronda em apoteose?
Será tanta esta alegria
Que dela ninguém faria
Uma simples diagnose!

Aceite-nos o convite,
Não diga “não”, não hesite,
É um futuro promissor,
Pois receberá do Pai
Riqueza que não se esvai:
É semeadura de amor.

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