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Cordel-->5. O DEUS DOS EXÉRCITOS -- 04/05/2003 - 07:37 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A tendência dos judeus
Era acreditarem Deus
Um protetor turbulento,
Que matava os inimigos,
Que eliminava os perigos,
Desabrido e violento.

Jesus chegou de mansinho,
Distribuindo carinho,
Tudo em nome do Senhor.
Quis perdoar o inimigo,
Demonstrando que o perigo
Estava no desamor.

Quem ouviu a tal lição,
A alma em ebulição,
Rejeitou o ensinamento.
Quem serenou a vontade,
Praticando a caridade,
Melhorou o sentimento.

Como traz o coração
O nosso querido irmão
Que nos lê com tal carinho?
Tenta sentir emoção,
Ou detesta rima em “-ão”,
Nas agruras deste espinho?

Sacrificamos os versos.
Fizemo-los mais perversos,
A testar nosso escrevente.
Mudamos até de assunto,
Para ver se chega junto,
Nestas vibrações que sente.

Se Jesus nos auxiliasse,
Não existiria impasse:
As rimas vinham perfeitas.
O nosso médium diria
Ser completa essa alegria,
Sem tremores de maleitas.

O coitado entristeceu,
Pensando que fosse seu
O desperdício da rima.
É que a turma deu-lhe duro,
P ra que estivesse seguro
Da extensão da nossa estima.

Se Jesus nos alertasse,
Toda vez que alguém errasse,
Chamá-lo-íamos “chato”.
É o que se passa conosco,
Aqui presos neste enrosco,
Quando o médium “paga o pato”.

Como agiria um judeu,
Vendo que o verso não deu
Devido respeito ao Pai?
Olharia para o céu,
Esperando um escarcéu
De um relâmpago que cai?

Destruiria o poema,
Numa ebulição suprema,
Em nome do Criador?
Ou estenderia a mão,
Sabendo que os entes vão
Melhor estrofe compor?

Eis a grande diferença
Entre uma e outra crença,
Entre o rancor e o amor:
Quem ama sempre perdoa,
Mesmo quando não é boa
A rima que quis dispor.

Por que falamos dos versos?
É que os dons não são dispersos:
O que se faz tem valor.
Todo momento na vida,
Com boa rima ou falida,
Vai valer, seja onde for.

Tomamos todo cuidado,
Ao passar este recado:
Não queremos fracassar.
Quem no verso titubeia
E maus conceitos permeia,
Caminha mais devagar.

Se não quiser vir ao mundo
Com sofrimento profundo,
Faça sempre a coisa certa:
Pense em Deus com muito amor;
Tenha em Jesus seu mentor;
Nas ações, esteja alerta.

Cada pequeno trabalho
Representa um bom atalho
Para o círculo seguinte,
Mas, se feito com capricho,
Pois, se for apenas lixo,
Será tido como acinte.

Eis o que nos põe com medo.
Se estiver o verso azedo,
Vão pensar em desperdício.
Mas versejar é preciso:
Na busca do Paraíso,
É um ótimo exercício.

Como há de ser a poesia?
Há de mostrar a alegria,
Por termos Jesus presente.
Choramingos, nesta hora,
É revelar que se adora
Aquele deus prepotente.

Qualquer estrofe é bem-vinda,
Qualquer rima será linda,
Qualquer tema tem mais luz,
Quando o nosso coração
A tudo der seu perdão,
Como nos pediu Jesus.

Não correremos perigo,
Ao transformar o inimigo
Em aliado na luta,
Dês que sempre confiemos
Em dar a Jesus os remos,
Sem ódio e sem força bruta.

Se os errados formos nós,
Façamos ouvir a voz
Do sábio arrependimento,
Pois nada mais cansativo
De ter alguém vingativo
Como causa de tormento.

Sendo assim, o seu perdão
Pedimos, com emoção,
Pelas facécias do mote,
E pelo tempo perdido
De um dever tão mal cumprido.
Demos truco. Deu “capote”.

Ao Mestre vamos rogar
Que nos releve este azar,
No jogo triste da rima.
Com Jesus no coração,
Até os que mais perdem vão
Receber a sua estima.

Graças a Deus, terminamos.
Umas frutas destes ramos
Pendem maduras, gostosas.
Mas muitas, verdes ainda,
Mostram que a luta não finda,
No exercício destas glosas.

Com paciência, os bons leitores
Hão de entender nossas dores,
Por nos julgarmos mui rudes.
Leiam, depois, bons poetas,
Para serem mais completas
As lições destas virtudes.

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