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Cordel-->8. O SORRISO DE JESUS -- 07/05/2003 - 06:46 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Jesus em silêncio orava,
Avançando a hora oitava,
A descansar do bulício.
Tanto bom conselho dera,
Amansara tanta fera,
A recriminar o vício.

Mas não estava contente,
Que o pessoal, simplesmente,
Só buscava mais vantagens.
Ao dizer: — “Não peques mais!” —,
Pareciam sempre iguais
As faces das personagens.

Naquele dia, entretanto,
Gemia um pobre, num canto,
Sem se atrever a falar.
Compreendera o que fizera
E já não tinha outra espera:
Morreria devagar.

A consciência o acusava,
Então colocou a trava:
Aceitaria o castigo.
Viu Jesus aproximar-se,
Mas não queria a catarse
E meditava consigo:

— “Se me aumentar esta vida,
Acrescentará à lida
Os riscos doutro pecado.
Se sofro tanto com pouco,
Com muitos, acabo louco.
Por favor, passe de lado!”

Percebeu Jesus o impasse,
Pois, se o pobre não salvasse,
Não cumpriria o dever.
E, se lhe desse saúde,
Não teria ele a virtude
Desse fato compreender.

Perpassou a vida alheia
E viu tanta coisa feia
Esquecida da consciência.
E o coitado que sofria,
Sem qualquer hipocrisia,
Demonstrava ter paciência.

Passou adiante Jesus,
Deixando ao pobre a tal cruz,
Mas sorriu-lhe na passagem,
Transmitindo o pensamento
De que mais cresce o tormento
A quem não ouve a mensagem.

Entendeu o pobre o drama
E alegre pranto derrama:
Jesus o havia curado.
Mas não fez estardalhaço,
Esqueceu-se do fracasso
E partiu determinado.

— “Eis aí a salvação
De quem a si dá perdão,
Resolvido a redimir-se.
Era preciso que o irmão
Recebesse um empurrão,
Para, no amor, decidir-se.”

Consolou-se, então, Jesus,
Co o pensamento de luz,
Sentindo vibrar o etéreo.
E agradeceu ao Senhor
A lembrança do valor
De quem trabalha tão sério.

Quis desvendar o futuro,
Para sentir-se seguro
De que o povo evoluiria.
Não foi tão longe, porém,
Pois sabia muito bem
Que a lei do Pai se cumpria.

— “Se a multidão quer sofrer,
Rejeitando o seu dever
Perante as leis do Senhor,
Ao lhe dar o meu exemplo,
Estarei fundando um templo
De paz, de fé e de amor.”




Registramos, nestas lavras,
Sem jeito, certas palavras,
Reproduzindo Jesus.
Temos, porém, a consciência
De que nos falta a ciência
Que a Verdade reproduz.

Mas, na ausência de juízo,
Lembramo-nos do sorriso
Que Jesus mandou ao pobre.
Saímos determinado
A poetar com cuidado:
Mais que isso não nos cobre.

O porvir não causa medo
Para quem sabe o segredo
Do perdoar, dom divino.
Se foi grande a desventura,
Também fizemos a jura
De cantar Jesus em hino.

Sobrou um alho na réstia:
É o sinal desta modéstia,
Que traduzimos em verso.
Se Jesus nos estimula,
É o nosso céu que se azula,
São estrelas no universo.

Nas angústias do infortúnio,
Pense a noite em plenilúnio,
Jesus à beira do mar,
Descansando dos serviços,
Lembrando dos compromissos
De a todos nós vir salvar.

Se você se desespera,
O Mestre, na sua esfera,
Vai lembrar-se, com certeza,
Que bastará um sorriso
P ra você criar juízo
E pôr na vida beleza.

Se for grande o desencanto,
Se você sofre num canto,
E sente o Mestre passando,
Reaja logo, que a dor
Há de aumentar seu teor,
Mais remorso acrescentando.

Faça como nestes versos,
Que se arriscam, tão perversos,
Mas demonstram decisão.
Não precisa ser sublime,
Mas o coração redime
Quem capricha na escansão.

Quem entendeu o recado
Perdoará o pecado,
Que o futuro a Deus pertence.
É conhecimento velho
Que, ao se seguir o evangelho,
Todo o mal a gente vence.

Não se perca por tão pouco,
Ao fazer ouvido mouco
À mensagem de Jesus.
Enquanto a tarde declina,
O bom Mestre nos ensina
O caminho para a Luz.

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