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Artigos-->O trabalho do fotógrafo -- 31/10/2009 - 15:16 (João Rios Mendes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nesses dias em que tenho brincado de fotógrafo admiro-me do quanto as pessoas gostam de ver-se num pedaço de papel e exigem que suas imagens sejam perfeitas. Como me dedico à natureza não recebo críticas dos objetos fotografados. Estou satisfeito com os meus trabalhos apesar de flores e insetos não comprarem fotos.

Há fotos que capricho e ainda assim recebo críticas negativas. Outras que as tirei despretensiosamente são admiradas por quem as vê. Há ainda aquelas que foram ensaiadas e trabalhadas. Ficaram bonitas e são unanimidade.

Minha amiga Cida Dias abandonou o hábito de tirar fotos de suas viagens porque quando ela as mostrava aos colegas e familiares ela não via nessas pessoas a emoção que ela sentiu. Ela percebia que sua emoção não era correspondida. Creio que a decepção da minha amiga é porque ela tirava as fotos preocupada em mostrá-las. Não as tirava para si. Neste momento leio sobre a criação de algumas músicas e percebo que os compositores não as escreveram para o público. Escreveram para a pessoa amada, para contar uma história ou responder a alguma provocação. Acontece que o recado foi tão bem dado que caiu no gosto popular e hoje algumas dessas músicas são parte do nosso patrimônio cultural.

A essência do trabalho do fotógrafo é levar emoção de um lugar ao outro, de um tempo ao outro. Não falo da emoção dele, refiro-me à emoção da cena. Quem fala é a cena, não é o fotógrafo. A boa música fala por si só, não pede que o compositor a explique. Ao ouvir uma boa música o público não se delicia com o momento do compositor, delicia-se com a poesia e até se identifica com seu passado, presente ou futuro. Com a foto não é diferente. Quando a Cida bateu uma foto - “principalmente de monumentos e flores”, como ela mesma diz - e a trouxe para os amigos ela estava tentando trazer sua emoção daquele dia naquela viagem específica. O público não está interessado na emoção do autor. As pessoas querem se emocionar com a obra. O autor se cala. A obra fala. A platéia não valoriza uma idéia pela transpiração do autor. Valoriza-a tão-somente pela inspiração.

Com filme e papel o fotógrafo esculpe a imagem e ansiosamente aguarda que as pessoas se emocionem com a beleza da obra. Com o escritor não é diferente. Muda-se apenas o instrumental. Como o fotógrafo não se basta com uma imagem só para si, como ele só se completa se dividir essa emoção com alguém, convido você a visitar minhas fotos na internet no endereço http://fotolog.terra.com.br/joaorios



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