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Poesias-->12.O DIA -- 07/11/2002 - 08:09 (wladimir olivier) |
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I
As falas que escutamos nesta vida
Contêm bem mais do que reclamações:
Os homens são sutis nas discussões,
Querendo prevalência sobre a lida.
Mas vamos preparar os corações,
Que a morte quase sempre nos convida
A carregar a alma arrependida,
Por não nos termos dado às concessões.
Jesus também gostava das conversas
E não negava fogo aos inimigos,
Sabendo as intenções muito perversas.
E teve de enfrentar tantos perigos
Quantas as más razões vinham imersas
Nos tolos preconceitos dos antigos.
II
A Pátria, que nos dá seu agasalho,
Requer de nós sejamos seus bons filhos.
E nós que andamos sobre rijos trilhos
Jamais iremos percorrer atalho.
A formação moral tem estribilhos
Que não aceitam simples quebra-galho,
Ao impedir em nós um ato falho,
Que o dever não tolera pecadilhos.
No etéreo essa exigência diminui
Da parte de quem age com fervor,
Que a vibração do bem mais contribui
Para que o homem tenha o seu valor
Reconhecido, já que sempre flui
Do coração a fonte desse amor.
III
Catorze são os versos do soneto,
Catorze os movimentos cá da Terra:
Se o compasso de algum o pobre erra,
Não há como acertar o minueto.
Se o povo declarar-nos triste guerra
E nos puser p ra fora do coreto,
Eis que o nosso destino fica preto
E a nossa inspiração logo se encerra.
Assim, vamos cumprindo o bom dever,
Em busca de acertar a rima pura
Que o nosso entusiasmo há de conter.
E qual o bem que o ritmo assegura?
O amor ao Pai detém esse poder,
E a benquerença a toda criatura.
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