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Artigos-->O fracasso da COP-15 -- 03/01/2010 - 22:04 (João Rios Mendes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Fracassou a 15ª Conferência das Partes (COP-15), reunião organizada pela ONU, em Copenhagen, capital da Dinamarca, onde os países debruçaram-se à procura de uma saída contra o avanço do aquecimento global. O Brasil esteve presente e mostrou maturidade ao apresentar um plano para reduzir a emissão de agentes poluidores aos níveis de 36,1% a 38,9% até 2020.

Desde o início das Eras o ser humano tem dividido o mundo conforme as ações geológicas. Já passamos, dentre outras, pelo Tempo dos Dinossauros, Era Glacial e Idade da Pedra. As ações humanas também dividem o mundo. Temos A.c. e D.c., antes e depois das grandes guerras mundiais, do Muro de Berlim; dividimos o mundo em países desenvolvidos e subdesenvolvidos; industriais e agricultores. Agora temos uma nova classificação, os mais poluidores e os menos poluidores. O Brasil está entre os mais poluidores, logo atrás de EUA, China e Rússia. O agravante é que esses países colocam em risco toda a vida terrestre. Já vivemos as conseqüências das chuvas e secas, do calor ou frio exagerados avançarem sem respeitar os limites territoriais.

Em Copenhagen os países dividiram-se entre os ricos que querem continuar esbanjando a natureza e os pobres que não podem aproveitá-la. Entendamos que os ricos e os pobres têm recursos em seus subsolos disponíveis para a população. A diferença está no investimento feito nas pessoas. Os ricos investem em conhecimento para extrair da terra o que ela oferece. Os países pobres não têm dinheiro embora a riqueza esteja lá, intacta, sob os pés da população.

A COP-15 não encontrou um consenso para a Era Antes do Aquecimento Global porque os governantes acham que ainda não chegamos ao limite da nossa gastança. Apesar de a reunião ter-se findado sem um acordo que pensávamos alvissareiro, em certa medida ficou-nos um filete de consciência da importância do meio ambiente para nossa sobrevivência e das gerações futuras.

Em Copenhagen os países ricos não quiseram diminuir suas emissões de gás carbônico na atmosfera alegando que poderiam desempregar muitos dos seus cidadãos. Numa clara inversão de prioridades entre o ar para respirar e o dinheiro para gastar. Esses países ainda não se conscientizaram que podem lucrar preservando o meio ambiente. Ainda não descobriram quanto economizariam se diminuíssem as internações hospitalares de pessoas com problemas respiratórios.

Nós brasileiros estamos comemorando a descoberta do pré-sal, a energia que nos deixará petroliamente independente do mundo. Porém, o pré-sal veio tarde demais. Com o aperfeiçoamento das energias alternativas – mais limpas e igualmente eficientes, ele e outros poços de petróleo mundo afora deixarão de ser essenciais para movimentar o progresso.

Curiosamente, quando o Brasil anunciou a descoberta do pré-sal (2008) simultaneamente o Governo dos EUA enviou a Quarta Frota para as nossas águas. Essa frota de combate marítimo administrava os conflitos no atlântico sul na Segunda Guerra Mundial e estava desativada desde 1950. O temor das autoridades brasileiras é que a Quarta Frota apodere-se do pré-sal. Naqueles dias o Presidente Lula teria afirmado que “eles estão em cima do pré-sal”. Ouvi senadores discursarem preocupados com a presença americana no nosso litoral. Com os investimentos em tecnologias alternativas a ação da Quarta Frota não deverá concretizar-se. Todavia, nós temos o pré-sal. Eles, os soldados.

Faltou na COP-15 um parlamento mundial verde formado por cidadãos eleitos e comprometidos com o meio ambiente. Os que lá se apresentaram foram líderes mundiais preocupados com a produção industrial sem se importarem quantas horas os seus cidadãos ficam nos engarrafamentos para chegar ao trabalho; também não consideraram o prejuízo financeiro que esses trabalhadores trazem para as empresas quando chegam desgastados emocionalmente no trabalho ou em casa. Mercosul, Nafta, e Mercado Comum Europeu são blocos de países que formaram-se em busca de apoio econômico. Estavam representados mas os líderes desses blocos falavam por si isoladamente, não representavam os blocos.

Acredito que cedo ou tarde será encontrada uma solução contra o aquecimento global. Apesar da arrogância dos países ricos, ainda assim percebe-se um crescendo em favor do ar puro e esforços por um mundo mais limpo. Quando este momento chegar será tempo de dividir o mundo entre os que têm água doce e os que têm soldados para buscá-la.

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