Usina de Letras
Usina de Letras
263 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62171 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50576)

Humor (20028)

Infantil (5423)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->23.O DIA -- 18/11/2002 - 06:42 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


I



Na caminhada pela vida afora,

Nos comportamos como pobres loucos:

Momentos de prazer foram tão poucos

Que a lei da menor dor inda vigora.



É que, ao fazer ao bem ouvidos moucos,

O homem não percebe que demora

O dia quando os males vão embora,

Conquanto os sons das vozes sejam roucos.



Assim, quedar no etéreo sem trabalho

É pôr um pedregulho em cada pé,

Tornando o sofrimento em espantalho.



Por isso é que fugimos da ralé

Que quer nos embrulhar num agasalho

Que põe de lado o amor e a boa-fé.









II



As armas que empregamos nesta luta

Nos são oferecidas pela Terra.

Por isso, quando o metro o médium erra,

A rima fica estanque, irresoluta.



Mas quando um bom soneto a turma encerra

E vê que o povo todo a lei escuta,

O médium sabe bem que a força bruta

Esteve muito longe desta guerra.



Contextos não nos faltam p ra aplicar

O ensino que nos dão os caros mestres,

Que o barco o que mais deve é ir ao mar.



Na ânsia de encontrar outros terrestres,

É bom que se navegue devagar,

Com medo de que tu nos defenestres.









III



P ra transbordar o copo, uma só gota.;

Para entornar o caldo, uma expressão.;

P ra conhecer gigante, um só dedão.;

P ra desprezar rasgado, uma alma rota.



P ra transbordar de amor, um coração

Que saiba apreciar uma garota,

Embora tenha medo que, marota,

O faça alimentar-se em sua mão.



Assim é que esta rima se soletra,

Enquanto o nosso metro bem saltita.

Em baile em que almo amor dá de “penetra”.



Inteligência agora regurgita,

Que o parto da poesia só obstetra

Envolto de emoção extrai, catita.









IV



A levedura da cerveja cresce,

Processo químico, fermentação.;

O nosso verso, sem calor, carece

Do aquecimento do seu coração.



Procure dar-lhe a última demão,

Que a nossa veia rítmica perece,

Como sufoca a mente deste irmão,

Por não sentir, no etéreo, o som de prece.



Arrevesado, o verso não dá chance

A que o encarnado cumpra o seu dever.

Assim, há que esperar que não avance,



Embora pague o mundo para ver

Qual vai ser, na rima, o melhor lance,

Que tenha sobre a dor força e poder.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui