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Artigos-->HOMENS DE ONTEM! -- 25/03/2010 - 17:54 (Ana Zélia da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:131420480780037700
HOMENS DE ONTEM!



Ana Zélia



Sensíveis. Amáveis! Companheiros eternos...

Homens que choram as companheiras mortas, que visitam seus túmulos diuturnamente.

Que conversam se entendem.



Os mortos são enterrados, mas continuam vivos na memória do coração daqueles que os amam.



O que mudou? As pessoas de ontem teriam mais amor? Respeitavam-se reciprocamente?



O que as diferencia?



O mundo era “pequeno” porque o progresso era lento.



As notícias não possuíam asas. Os índios se comunicavam com o toque do tambor ou com o sinal da fumaça.



Os povos usavam a escrita e os mensageiros eram os “pombos-correios”.



Hoje tudo mudou. Um ligar de botões, teclas temos na telinha em nossas casas as notícias de todo o mundo.



Os satélites, a tecnologia faz isto. Temos aulas em nossos lares e variadas. Da violência das galeras, traições. As crianças nascem falando, de olhos abertos.



Os telejornais vão a fundo no desenrolar dos seqüestros, alertando para os erros cometidos. Somos dinamitados pelos enlatados dos países do primeiro mundo.



O progresso é como o câncer, a lepra, tuberculose, dilaceram aos poucos.



Os homens de hoje são frios, mal amados, são iguais às borboletas, sofrem as mesmas metamorfoses.



Ninguém ama ninguém, um simples estalar de dedos os levam á loucura.



Os mortos de hoje no muito são acompanhados aos túmulos e esquecidos eternamente.

_Ninguém chora seus mortos!...



A insensibilidade os tornam frios.

Os de amanhã terão um futuro catastrófico. O linguajar amável a eles seria DROGA! Droga! Droga!...



O ser humano será como objeto descartável, morrer ou matar terão sentidos idênticos.



Quanta saudade, quanto respeito aos homens de ontem!..



Desiludem-nos os hoje! Quanta frieza nos de amanhã!...



É o progresso!



É a vida!



É o mundo!

M

anaus, 23.12.1990

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Nota da autora. Quanto tempo para ver este artigo publicado, quantos poetas, escritores continuam obscuros, sem vidas, carecendo de leitura, reflexão. Mas estou viva e escrevendo o que já foi escrito. Manaus, 25.03.2010 (Ana Zélia)







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